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🐻
Três semanas depois...
— Você tá nervosa? — Eu poderia dizer que sim? Droga, hoje seria o meu primeiro dia no emprego, o único lugar que consegui foi em uma lanchonete. Decidi ir atrás para poder ajudar nas despesas da casa. Como ainda sou menor de idade, felizmente a bela mulher dona do estabelecimento aceitou que eu trabalhasse somente à tarde, não receberia a quantia dos demais, mas seria um bom dinheiro. Tentando parecer confiante suspirei saindo da moto de Lisa.
— Vou ficar bem, é só um trabalho, o que poderia dar errado? — Sorri querendo não demonstrar que o meu corpo inteiro tremia por dentro.
— Não fica nervosa. — Ela pegou o capacete da minha mão e me puxou para um abraço.
— Não vou ficar.
— Você está nervosa.
— Não, não estou. — Me afastei dela e olhei para trás avistando clientes chegando. — Preciso ir. — Fiz beicinho voltando a olhar para a garota mais linda à minha frente.
— Vou sentir saudades, não vai ser fácil não ter sua presença. — Ela pegou minhas mãos e apertou firme. — Não quero largar você. — Sorri com o fato de que uns dias para cá, Lisa tem estado muito carente.
— Amor, estou me atrasando. — Aproximei dela dando um pequeno selinho em seu rosto. — Prometo ficar agarrada com você quando sair. — Ela deu um sorriso fraco e assentiu.
— Me liga quando for sair, venho buscar você no mesmo instante. — Lisa soltou minhas mãos e migrou as suas para o meu rosto. — Te amo, bom trabalho, princesa. — Pus minhas mãos em cima das suas.
O que você está esperando para me beijar?
Como se ela lesse meus pensamentos, a garota puxou meu rosto colando nossos lábios por alguns segundos.
— Te amo. — Digo ao separarmos.
— Tchau, senhora.
— Um dedo no seu rabo. — Ela sorriu pondo o capacete e ligando a moto.
— Você pode fazer isso mais tarde. — Com um olhar safado ela partiu.
Com certeza vou.
Viro para a lanchonete e dou um suspiro alto e longo. Entro pela porta dos fundos como a Rosária pediu, como era de se esperar ela estava aguardando a minha chegada.
— Querida, você está atrasada cinco minutos. — Olho para o relógio da parede onde estava marcando quinze e cinco. — Como é o seu primeiro dia de trabalho, irei fingir que nada disso aconteceu. — Com um sorriso gentil ela deu espaço para eu passar.
