O Voto Perpétuo (Severo Snape)

capítulo 18. "fora do normal"

Espero que gostem!
Boa leitura🤍🦇
Uma revisão

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Durante a madrugada, Severo Snape dormiu.
- Pare! Deixe eles em paz!
Com os gritos de Lia, o levou a despertar rapidamente.
- Severo... por favor, ajude eles.
Ele escutou a escuta gritando pelo seu nome, pedindo ajuda. O mesmo se levantou da cama, indo até o quarto dela. Vestia um pijama de seda preta e seus cabelos, que caíam sobre seus ombros, estavam um tanto bagunçados.

Ao chegar à frente da porta do quarto, abriu-a e viu Lia se movendo de um lado para o outro e gritando.
- Severo!
Snape ficou confuso ao vê-la daquela maneira. Ele se aproximou cautelosamente, percebendo que ela estava sofrendo com um pesadelo terrível. Ele se inclinou ao lado da cama dela, pegando em seu braço.
- O'Brian, acorde.
Ela se mexia na cama sem parar. Ele passou a mão em seu próprio cabelo para trás.
- Garota estúpida.
resmungou.
Snape balançou Lia com força, tentando acordá-la do pesadelo. Ele sentiu uma pontada de preocupação ao ver o rosto dela contorcido de medo e dor, mesmo não querendo.
- Está sonhando o quê para estar dessa forma? Quem quer que eu ajude?
ele perguntou em voz baixa, quase para si mesmo. Ele se lembrou dos gritos dela, implorando que ele ajudasse alguém. Quem seria esse alguém? Um amigo? Um parente? Ele só queria que ela parasse de gritar.
- Severo... por favor...
Ela murmurou entre soluços, ainda dormindo. Snape sentiu um arrepio percorrer sua espinha.
- Não!
Ela gritou novamente.
Ele se sentou na beira da cama e a segurou com mais força para ela se acalmar.
- O'Brian.
falou baixo.
- O'Brian, acorde.
- não...não...
Ela murmurava entre soluços ainda. Ela não acordava, deixando Snape irritado e preocupado. Ele se alterou: - Lia!

A mesma acordou com um grito, sentindo o coração acelerado e o suor frio na testa. Ela tinha acabado de ter o pior pesadelo da sua vida. Ela tinha visto os seus pais sendo torturados e mortos pelos Comensais da Morte e Voldemort, enquanto ela implorava por misericórdia. Ela tinha sentido a dor e o medo deles, como se fosse real.
Ela olhou em volta, tentando se orientar. Viu que estava no seu quarto e Snape sentado ao seu lado.

- O que foi isso, O'Brian?
ele perguntou com a voz fria.
Ela sentiu as lágrimas escorrerem pelo seu rosto. A garota não conseguia falar, apenas soluçar. Se encolheu na cama, abraçando os joelhos.
- Responda.
ele insistiu.
Em soluços, respondeu com dificuldade.
- Eu...eu vi... vi como eles morreram, como torturaram eles.
gaguejou.
O professor no mesmo instante percebeu que ela estava falando de seus pais.
- Eu... não pude fazer nada.
Ficou surpreso. Achou aquilo estranho. Ele sabia que aquele sonho não era apenas um sonho. Era uma lembrança. Uma lembrança que Lia não deveria ter.
Franziu as sonbracelhas.
- Como você sabe disso?
Ela o olhou sem entender.
- Como eu sei do quê?
Perguntou confusa.
- Nada.
Ele disse rapidamente.
- Esqueça isso.
Ela, um pouco mais calma, com a voz baixa disse:
- Como vou esquecer o pior pesadelo que tive e sendo tão real?
Ele a olhou nos seus olhos azuis acinzentados, ficou em silêncio por um instante antes de falar:
- O nosso pior pesadelo é a nossa realidade, O'Brian.
Ele disse frio, sem emoção.
A deixando pensativa.

- Tente dormir, O'Brian.
Não quero que você atrapalhe meu descanso novamente.
Disse ainda em tom frio.
Ele se virou e saiu do quarto, fechando a porta atrás de si.

Lia ficou olhando para o teto, pensando no sonho e no que Snape havia acabado de dizer.

O professor volta para seus aposentos. Ao deitar em sua cama de barriga para cima, tentou voltar a dormir, porém se passaram muitas horas e ele não conseguiu descansar. Não foi diferente com Lia, a garota passou horas olhando para o teto, se virando para um lado e para o outro, repassando a imagem de seus pais em sua cabeça. Snape, após um tempo, decidiu descer e ir para seu escritório. Lá, se serviu uma dose de Whisky e ficou pensando em uma resposta para o sonho e lembrança que ela não deveria ter.