capítulo 21: "A confusão dos sentimentos"

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Desculpe-me pela demora para postar!!
Espero que gostem!
Boa leitura!🦇🤍
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Quando fechou a porta à sua frente, se virou em direção da escada. Seus passos estavam sendo calculados a fim de não fazer barulho e chamar a atenção de Snape. Ela pensou que ele estava em seu escritório. Começou a subir as escadas de vagar. Ao subir o terceiro degrau, a madeira fez um pequeno ruído. Suas sobrancelhas se juntaram, a testa estava franzida e seus olhos apertados, depois daquele barulho.

Continuou subindo as escadas e, no meio delas, começou a correr até chegar em seu quarto. Abriu a porta rápido e logo a fechou. A janela estava fechada, deixando ali uma completa escuridão. Ela estava de frente para a porta e, antes de se virar, acendeu a luz ao lado da porta. Quando a mesma se virou, pôde ver aquele homem de pele pálida e cabelos caídos sobre os ombros, em suas vestes escura, o que destacava mais sua pele branca.

Sua expressão era fechada.
—O que você está fazendo aqui, Severo?
Cruzou seus braços.

Snape estava sentado na cama dela, sua face sem emoção alguma e sua postura ereta, com as pernas entreabertas e as mãos sobre seus joelhos. Estava sem sua típica capa.

Sua voz era calma, mas autoritária.
— Você pensa ou acha que pode fazer o que quiser?

Os olhos dela começaram a vagar por todo o quarto.
— E… eu estava…

Snape a interrompeu antes que ela continuasse. Sua voz ainda autoritária e rouca.
— Sei exatamente onde estava e com quem estava, O’Brian.

Imediatamente, Lia o olhou com as sobrancelhas franzidas. Ainda com seus braços à frente do peito, sua voz firme, mas suave.
— Agora me vigia?

Ele se levantou e caminhou lentamente até ela, sem tirar os olhos dos dela.
— Não há um movimento seu que eu não saiba.

Ele ficou mais perto, frente a frente. Ela soltou os braços e olhou os olhos negros de Snape. Ele continuou.
— Então, nem pense em dar uma de esperta comigo.

Ela estava prestes a confrontá-lo, mas, antes que pudesse, ele passou por ela, abrindo a porta rapidamente e a fechando com um grande baque, a deixando ali.

Ela passou a mão sobre a testa, levando para o topo da cabeça até o final.
— Idiota.

Snape entrou em seu escritório, o ambiente que mais ficava. Um ambiente agradável, de fato, com pouca iluminação amarelada e o cheiro de ervas misturando-se com o cheiro de algumas das poções, nada escandaloso.

De repente, uma voz grossa e áspera se fez presente no ambiente.
— Se o passarinho já voltou para a gaiola… vou cuidar da minha vida. Foi cansativo passar o dia inteiro atrás dela e daquele moleque.

Snape, em resposta, apenas fez um aceno quase despercebido.

O homem começou a andar lentamente pelo escritório, até uma mesinha, onde havia três garrafas de Whisky. E se serviu.
— Falarei com Ario, que ela está bem. Pelo que você disse dela, não precisa de tantos bruxos de olho nela.

Snape o observou. E disse.
— Não devemos mexer no que não é nosso.

O homem o ignorou e virou o corpo.
— É um bom Whisky.

— Se já terminou… vá… Cassius.

— Prefiro que me chame de Caçador… Cassius não traz boas lembranças, Severo.

O Voto Perpétuo (Severo Snape)Onde histórias criam vida. Descubra agora