Escondido Nas Sombras

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Ainda confusa e aflita para saber o que tinha acontecido, fui direto para o meu quarto me trocar novamente. Já são 22h00min estava muito tarde e isso ainda me deixa preocupada, pois eu posso estar me colocando em uma encrenca.

Ao vestir a mesma roupa com que tinha ido ao manicômio, porque não dava tempo de escolher outra, dirigindo-me até a porta de saída trancando a mesma, indo até o meu carro e dirigindo o mais rápido que posso para a Casa Westreet.

(...)

Pode ser o que eu estou pensando... Aumentei a velocidade com que meu carro corria sobre o asfalto até conseguir ver a frente do manicômio. Tendo o pressentimento que aconteceu algo muito pior, estacionei o veículo, logo saindo do mesmo, o trancando e corri em direção à porta principal. Abri a mesma, logo paralisando no lugar, horrorizada com o que estava na minha frente.

Corpos de vários guardas e alguns enfermeiros, espatifados pelo chão, cobertos de sangue com suas gargantas abertas. Fechei os olhos, respirei fundo, contando até dez e andei pelo corredor, para pelo menos encontrar algum sinal de Sanemi, para pedir explicações. Acho que nunca vou esquecer essa cena.

Andava pelos corredores escuros do lugar, perdida, tentando encontrar alguém com quem pudesse me comunicar, até levar um susto ao escutar o som de toque do meu celular. Com as mãos trêmulas, atendi Sem nem ao menos ver quem era.

- Alô?

- Kanao onde você está? - era Sanemi na outra linha.

- Eu estou aqui no manicômio. Um pouco perdida.

- Venha para o quarto 118. - e novamente desligou o telefone na minha cara. Suspirei e, hesitante, fui à direção que ele tinha falado.

O quarto 118 era exatamente o reservado ao Kamado, o que me deixa mais preocupada, pensando no pior. Tentei lembrar a direção correta, subi algumas escadas, ainda com medo de que algo aconteça ou que eu caia da escada por um descuido, mas, para minha alegria, cheguei ao andar e franzi meu cenho. Havia bombeiros, engoli um seco e encontrei com os olhos do meu chefe que conversava com um policial e quando me viu, veio em minha direção.

- Kanao, que bom que você finalmente chegou. Precisamos de você. - ele disse puxando-me em direção a confusão.

- Sanemi você pode me dizer o que exatamente está acontecendo? Porque eu acabei de presenciar uma cena horrível.

- O Kamado fugiu.

Essas três únicas palavras, fizeram o meu estômago embrulhar, fazendo-me ficar tonta e enjoada. Sem dizer nada, corri em direção ao quarto, empurrando alguns paramédicos e bombeiros que conversavam, logo pedindo desculpas, e entrei ao local, vendo alguns homens tirando fotos. Tanjiro realmente não estava aqui. Coloquei as duas mãos no rosto e suspirei frustrada. Ele é capaz de qualquer coisa, agora que está solto.

- O Kamado foi esperto. - levei um susto ao ouvir a voz de Sanemi logo atrás de mim.

- Como ele conseguiu? Está internado neste lugar há exatos seis anos e nunca fugiu. Por que agora?

- Nós também nos perguntamos isso. Até agora queremos achar a resposta de como ele conseguiu abrir a porta e matar todos os cincos seguranças que faziam a sua vigia.

Arregalei os olhos pela nova revelação.

- Ele matou todos os cincos seguranças que ficavam aqui? - sim faz pouco tempo que eu frequentava o lugar, mas eu já estava começando a me acostumar com todos aqui.

Psiquiatra De Um Assassino- Adaptação TankanaOnde histórias criam vida. Descubra agora