Uma Vida normal

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Nezuko Kamado

- Papai, isso que você está me dizendo é verdade? - Perguntei aflita.

- Sim, Nezuko. Infelizmente Muzan sumiu. Tenho que avisar imediatamente a Kanao. - Pegou seu celular e discou o número de Kanao, saindo rapidamente da sala enquanto eu mexia inquietamente em meus cabelos. Tudo o que está acontecendo é por minha causa. Tudo por causa de um mísero deslize de mim e da mamãe.

Lembro-me que minha mãe me disse que, há trinta anos, mamãe conheceu papai quando completou 17 anos. Ela realmente era uma garota sonhadora e desejava ser feliz com o marido que tivesse. Assim que o viu pela primeira vez, soube que era com ele que queria ficar para sempre. No entanto depois de meses de namoro, quando eles ainda estavam se conhecendo, foram a casa dos pais de Tanjuro e o mesmo que apresentou eles e inclusive a Muzan, seu irmão mais velho.

No princípio, meu infelizmente tio parecia um garoto normal que desejava muito ser engenheiro. Era engraçado e companheiro, tinha várias fotos dele, ele sempre apoiava papai em todas as suas decisões e foi um dos primeiros a parabenizar no momento em que ele pediu mamãe em casamento e ela aceitou.

Porém com o passar do tempo meu tio mudou. Sempre que estavam sozinhos ele tentava se aproximar dizendo que gostava da mamãe.

Mamãe era muito amiga da mãe da Kanao, ela sempre desabafava com Aylim, e a mesma sempre a aconselhava.

Só que as consequências logo vieram e meu tio forçou um beijo da minha mãe. E Quando o meu pai descobriu, quis colocá-lo na cadeia por ter se aproveitado da minha mãe.

porém a saúde mental do meu tio foi piorando e então, depois que meu pais se casaram, resolveram se mudar para que não houvesse mais problemas com ele, porém depois de 18 anos, eu e meu irmão tínhamos 16 e 17 anos, quando misteriosamente mataram minha mãe, meu pai nem quero contar como ficou...

E meu irmão só piorou depois disso, Kanao era a única solução que conseguia manter ele vivo, mas ele tinha medo de machuca-la, ele se culpava todos os dias pela morte da nossa mãe e eu via tudo com dor por não poder fazer nada...

Fui interrompida de meus pensamentos com o barulho da porta se abrindo e logo em seguida fechando. Era o Tanjiro, ele parecia de bom humor.

- Oiê maninho, tudo bem? Onde estava?

- Eu estava cuidando da Kanao. Não voltei para casa ontem, pois dormi na casa dela. - Disse simples, não me olhando porque sabia de minha reação.

- Vocês dormiram juntos? - Aprofundei o assunto, querendo saber mais. Vi de canto de olho, papai nos olhava e logo depois ele volta para onde estava. Deve estar falando com Kanao.

- Sim. - Disse encarando-me desconfiado. - Nezuko eu vou para meu quarto agora, se não se importa. - Virou as costas para mim, mas logo deu meia volta. - Onde está Tanjuro? - Suspirei por ver que Tanjiro não consegue dizer irmã e pai. Deve ainda estar muito magoado por achar que fomos culpados do que aconteceu com ele e com a Kanao.

- Está no quarto dele. - Assentiu dessa vez indo de vez deixando-me sozinha. Era sempre assim. Tanjiro não me deixa se aproximar dele, Desde que deu um surto e tentou me esfaquear, ele não é o mesmo comigo. Espero muito que, se papai resolver o problema de seu irmão e continuarmos com o plano nós finalmente possamos ter uma vida normal. Sempre digo a mim mesma que a culpa não foi minha por estarmos passando por isso, mas se eu não tivesse me deixado levar pelas provocações do meu tio, talvez ele tivesse desistido da gente e nós ficarmos bem. Ele nunca teria prejudicado Kanao, não teria feito Tanjiro passar por aquilo.

Psiquiatra De Um Assassino- Adaptação TankanaOnde histórias criam vida. Descubra agora