DOPPELGANGER

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    ERA uma noite escura e tempestuosa, típica de um cenário de terror. Lisa, uma jovem estudante de psicologia, retornava para casa após uma longa jornada de estudos na biblioteca da universidade. O cansaço dominava seu corpo, mas a mente estava repleta de pensamentos e questionamentos sobre a natureza humana.

Enquanto caminhava pelos becos sombrios, Lisa percebeu um movimento estranho no reflexo das poças d'água. Seus passos hesitaram, mas seu instinto a forçava a prosseguir. Quando finalmente chegou ao portão de casa, seu coração disparou ao avistar a figura idêntica a ela esperando do outro lado.

O doppelganger parecia exatamente com Lisa, desde seus cabelos loiros até seu olhar penetrante e assustador. Mas havia algo sinistro nele, uma frieza e uma aura sombria que enchiam a noite de desconforto. Lisa tentou fugir, mas o doppelganger a seguiu, mostrando uma velocidade assustadora.

Aterrorizada, Lisa entrou em casa e trancou todas as portas e janelas, esperando que o pesadelo acabasse. Porém, à medida que a noite avançava, ela ouvia batidas suaves e risadas abafadas vindas de todas as direções. A presença maligna do doppelganger dominava o ambiente, permeando o ar com uma energia arrepiante.

Cada vez mais perturbada, Lisa começou a notar pequenas diferenças em sua casa. Quadros tortos, móveis fora do lugar e objetos que pareciam ter sido mexidos. O doppelganger estava se infiltrando lentamente em seu mundo, substituindo cada pedaço de sua vida familiar com uma cópia perfeita, mas distorcida.

O horror tomou conta de Lisa quando ela encontrou fotos de sua infância rasgadas e pintadas com sangue, mostrando seu rosto original em uma expressão de dor e sofrimento. O doppelganger estava brincando com sua mente, torturando-a psicologicamente através dos pedaços de sua identidade que destruía e corrompia.

Lisa sabia que precisava confrontar seu duplo maligno. Com coragem, ela armou-se com um antigo talismã que supostamente afastava espíritos malignos. A jovem esgueirou-se pelos corredores escuros da casa, ouvindo sussurros indistintos cada vez mais próximos.

Quando finalmente encontrou o doppelganger, ele exibia um sorriso malévolo e seus olhos emanavam o mal. Lisa enfrentou-o, erguendo o talismã com a esperança de banir aquela criatura aterrorizante de sua vida. Mas seus esforços foram em vão.

O doppelganger revelou-se imune ao talismã, rindo da ingenuidade de Lisa. A jovem, então, percebeu a verdade terrível: seu verdadeiro adversário não era um ser racional, mas uma entidade sombria e sobrenatural. Ela estava condenada a viver na sombra daquela criatura maligna e enfrentar seus tormentos pelo resto de seus dias.

Assim, a vida de Lisa se tornou um eterno pesadelo. O doppelganger a atormentava dia e noite, manipulando sua mente e destruindo gradualmente sua sanidade. Ela se tornou um mero fantasma de seu eu anterior, vivendo em uma interminável luta para preservar sua verdadeira identidade em meio à presença assombrosa de seu doppelganger. E assim, a jovem se perdeu para sempre nas profundezas mais obscuras do terror.

O PALHAÇO E OUTRAS HISTÓRIAS DE HORROROnde histórias criam vida. Descubra agora