CAPÍTULO 2

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Tudo o que eu conseguia pensar era na fêmea que seria a minha companheira. Por muitos século a esperei, mas cada dia que se passava, cada mês e ano que se seguia, era como se a minha vontade de encontra-lá se torna-se ainda mais distante. Nesse tempo, procurei me tornar mais forte, mais perigoso, mais habilidoso e implacável, para cuidar da minha companheira quando a encontrasse, a protegendo de qualquer perigo.

Eu queria lhe mostrar que era forte, bonito, mesmo com todo esse aspecto selvagem em mim. Que a minha companheira poderia sim, se sentir segura estando ao meu lado. Eu estava sempre procurando por ela, tentando a encontrar. Em minhas caçadas ela sempre era a minha prioridade, mesmo que eu tivesse com um objetivo a cumprir. A minha necessidade por ela só estava crescendo e crescendo, me consumido.

Depois que meus pais morreram, com o passar do tempo fui me distanciando do meu clã, fazendo o meu próprio caminho, mesmo que eu tivesse um lugar para voltar. Embora todos fossem amigáveis, eu preferia caminhar sozinho, gastar o meu tempo livre na natureza, soltando o meu lycan cada vez mais.

Eu construí o meu próprio refúgio, a minha fortaleza, o lugar para  a minha companheira está. Uma cabana segura, reforçada, com uma boa estrutura, com objetos confortáveis para molda-lá e deixar a mesma bonita e confortável.

A noite escura cobria o céu, banhando a floresta com sua escuridão, facilitando minha caçada desta noite. Eu parei de andar, inclinei a cabeça e ouvindo, inalei profudamente e inspirando. Senti o cheiro de um servo a cem metros de distância, escondido, camuflado na folhagem. Sorri, deixando meu animal interior subir e se mover lentamente pela trilha, pegando o cheiro do servo a medida que se tornava mais forte. Está noite ia ser uma boa caçada e eu teria carne fresca por dias. Eu me inclinei contra uma grande árvore, meu ombro batendo contra a casca enquanto eu olhava para o enorme servo pastando. Os chifres se espalharam como dedos curvados, e eu senti meu lobo
pronto para a caça. E não havia nada melhor do que isso, a adrenalina da emoção de uma boa cacada.

Perseguindo.

Derrubando.

Elogiando e agradecendo pelo
dom de sua vida que me alimentaria por alguns dias, me mantendo forte e saudável. Dando a força que eu preciso para as lutas diárias de sobrevivência.

A pele do servo eu usava para me aquecer das noite frias no inverno. Os chifres eu usava como armas de caças, bons utensílios. Tudo era apreciado, nada era desperdiçado.

Eu me agachei, prestes a deixar meu lobo interior sair, prestes a deixá-lo ter o prazer de derrubar a
sua presa, fazendo isso da maneira natural e primitiva, onde era besta contra besta, a sobrevivência do mais apto.

E assim que senti meus olhos brilharem em azul e meus ossos começarem a rachar e se remodelar, o vento aumentou e soprou do oeste, e com ele veio o
cheiro mais glorioso que eu já senti em toda minha existência. Meu coração acelerou forte, os batimentos cardíacos batendo alto, o servo percebeu o perigo próximo e seu instinto foi de correr.  Não me importei da minha presa está fugindo. Foda-se a minha caçada, tudo o que eu queria era sentir mais daquele perfume que tinha cada instinto meu a flor da pele.

Meus instintos me puxaram na direção de onde o aroma vinha vindo. Eu podia ouvir o servo se afastando cada vez mais, correndo do perigo que ele sabia que estava al - eu.

No entanto, eu não me importava com nada além de encontrá a fonte daquele cheiro tão perfeito. Minhas orelhas se contraíram, minhas narinas se dilataram e senti meu Lycan subir ainda mais. Mas eu não o deixaria sair completamente, meu lado humano querendo experimentar isso em
primeiro lugar.

E eu sabia. Eu sabia sem vê-la ainda, que era aquela que tinha nascido para ser minha.

A minha companheira.

A conexão era tão profunda que quase me derrubou enquanto eu corria pela floresta. Meu coração cada vez mais batendo mais forte, ancioso para vê-la, para conhecê-la. E quanto mais perto eu chegava, mais perto o aroma enchia minha cabeça, me deixando tonto, louco e necessitado por aquele perfume maravilhoso. Meu sangue corre pelas minhas veias e encheu meus ouvidos, meu coração bombeando rápido e forte. Meu corpo doía com a força.

Minha fêmea.

Minha.

A única importante na minha vida.

Eu não sabia quanto tempo corri ou mesmo em que direção estava indo na floresta, mais nunca diminui a velocidade, indo cada vez mais rápido. E foi quando subir a pequena colina que vi uma pequena cabana. Era pequena, com uma varanda, com flores plantadas ao redor e foi quando me aproximei, mais fiquei escondido nas trevas escuras do breu da noite que eu a vi.

Ela estava em frente a janela aberta, o vento soprando suavemente seus cabelos negros. Seus olhos eram como águas cristalinas hipnotizantes, tão linda, tão formosa, que tudo o que eu queria era correr até ela, a envolver  meus braços e reivindicar sua boca até descobrir o gosto que ela tinha. Meu corpo estremeceu em como delicada e pequena ela era.  Tão pequenininha, que eu ia engoli-lá com o meu também grande. Isso me excitou, como delicada e pequena ela era, assim ela ia precisar de mim para protegê-lá e cuidar.

Ela era a coisa mais linda que eu já tinha visto.

Meu coração estremecia incontrolavelmente em meu peito, me deixando tão feliz. Eu sabia que ela era uma humana pequenininha. O seu cheiro é tão maravilhoso, que cada vez que puxo uma respiração, me sinto mais embriagado pelo seu doce perfume. Fechei os olhos e estremeci.

Eu a encontrei.

Depois de um longo tempo de espera, os deuses finalmente tinha me abençoado, me fazendo a encontrá. Meu coração não se aguentava de felicidade.

Minha vontade era de ir lá, puxa-lá para os meus braços, sentir o seu calor, a maciez do seu corpo, está perto dela. Mas eu não poderia aparecer assim no meio da noite, parecendo um selvagem, não quando eu me sentia tão perto de perder o controle. Com a necessidade incontrolavelmente de reivindica-lá quase me consumindo por inteiro.

Eu puxei uma respiração profunda e sem conseguir evitar, dei um passo a frente, sentindo ainda mais intensamente o seu delicioso perfume.  Eu não ia conseguir me controlar, eu não ia conseguir me afastar. Agora que eu sabia aonde ela morava,  a certeza que eu a tinha encontrado, me deixava tonto de pura emoção.  Mas eu não deixar de ficar com medo. Medo por que ela era uma pequena humana e eu um lycan, uma besta feroz, agressiva e selvagem. Sei que não deveria ter medo, mas só de pensar no que ela poderia achar de mim assim que me visse, causava esse frio na minha barriga.

Ela é linda, como as flores exóticas existentes aqui na floresta. Com sua beleza absurda, que pode encantar qualquer coisa nesta terra.

A minha vontade era de pegar minha companheira, a levar no chão da floresta e a reivindica-lá até que não houvesse dúvida que ela é só minha.

Por um momento eu pensei que ela tinha me visto, que tinha ouvido o estrondo profundo que escapou de mim. Mas seus lindos olhos não me viram, ela estava apenas olhando pela janela, olhando o escuro da noite.

Tão linda, que eu não conseguia tirar os olhos dela. Sua boca tinha aquele tom vermelho da cerejas selvagem, aquela cor linda e hipnotizante.

Bite MarksOnde histórias criam vida. Descubra agora