Capítulo 6

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Bluter





Ninguém nunca vai tirar ela de mim.

Realização preencheu cada poro meu, cada célula, me enchendo de satisfação.

Minha fêmea.

Minha companheira.

A única pessoa capaz de me dar toda a felicidade que eu sempre desejei.

A única pessoa que é o meu tudo, que nasceu pra mim.

Eu não a conhecia totalmente, não sabia dos seus costumes ou princípios. Mas a única certeza que eu tinha, era que ela tinha sido feita pra mim. Eu sabia, que assim que ela se torna-se consciente de mim, ela ia querer se afastar de mim. Mas acontecesse o que acontecesse, eu nunca seria capaz de me afastar dela.

Ela era minha, a minha companheira. Aquela que foi feita pra mim, para está ao meu lado, a quem eu devia todo o meu amor, o meu coração, minha proteção, cuidado e a minha alma.

Aqui estava ela, desacordada em meus braços, com o seu cheiro me dominando, me fazendo muito consciente do perfume maravilhoso e único que somente ela tinha.

Tão linda, tão perfeita. Que esse momento parecia até uma visagem.

Quantos tempo esperei por esse momento. Quanto tempo não fiquei pensando se um dia eu teria o privilégio de encontrar a minha companheira.

Minha.

Essa era a palavra que se repetia uma e outra vez em minha mente. Tão ferozmente que meu sangue fervia em desejo por ela. Eu minha sentia cheio de possessividade, não conseguia parar de olhar para ela, de ficar fascinado com sua suavidade e sua delicadeza.

Admiração me enchia, parecia que só agora, que só nesse momento, tudo ao meu redor ganha-se cor. Era como se antes, eu vivesse em um mundo negro, sem movimento e nem cor.

A segurando mas fortemente em meus braços, mas com delicadezas. Arrumo minha armas para que não venha a machucar ao longo da caminhada até nossa casa.

Neste momento, eu estava levando comigo. Eu seria o seu escudo, o seu amor e todo o seu respirar. Feliz, começando minha caminhada que nós levaram para o nosso falar. Rumo na direção que eu sei, que nenhum intruso é capaz de me seguir e mesmo se fizer, e se tentar alguma coisa, irá enfrentar a minha ira.

Sentindo o calor do seu suave corpo contra o meu, e não podia deixar de reagir ao tê-la a salvo em meus braços.  Olho para o seu rosto, para a delicadeza de sua expressão suave e serena.  Seu corpo era todo cheio das mais estoteantes curvas, tão carnudo nos lugares certos, que a minha vontade era de morder e lamber cada centímetro do seu corpo. Mas essa vontade, esse desejo e essa necessidade, teria que ser saciada depois. O meu único desejo agora era levar a minha companheira para nossa casa.

Daqui a umas três ou quatro horas, a noite ia dá sinais de boas vindas e eu não queria ainda está andando com minha companheira ao entardecer da noite. Os perigos a noite era mais eminentes e mesmo que eu fosse capaz de proteger a minha companheira, eu não queria a deixar enquanto eu enfrentava algum animal querendo nos fazer de refeição. A noite também era muito fria, e eu não queria minha doce companheira no frio da noite. Eu a desejava em nossa cama, rodeada pelas as peles, quente e toda aconchegada.

Seu perfume me faz tão bem, que eu quero navegar na ondas do seu cabelo e me afogar nesse cheiro maravilhoso dela. Eu me sentia o macho mas realizado de mundo inteiro.

O sol já estava se pondo quando avistei a cabaca. A fogueira precisava ser acessa ainda, pra deixar todo o interior da cabana bem aquecido. O vento já se mostrava frio e logo Maisa noite estaria congelante.

Com minha companheira em meus braços, sigo em direção da nossa cabana. Ao longe, o som de um uivo ecoa, me fazendo parar por um segundo.

_Que diabos. Xingo, e logo estou empurrando a porta da cabana aberta e entrando na mesma.

Levo minha companheira para nossa cama, a deitando gentilmente na peles macia. Ela faz um doce som e isso me provoca um sorriso. Afasto uma mexa do seu cabelo da sua face e por alguns segundos fico contemplando ela ali.

Seu desmaio pelo susto estava me preocupando um pouco. Já fazia algumas horas que ela estava desmaiada.

Mas o que mais me preocupava mesmo, era como ela ia reagir ao acordar. Como ia se sentir ao saber que não voltaria mas para a sua casa, que ali seria o seu novo lar, que eu, em nenhum momento a deixaria sair ou ir embora. Não sozinha, e não nessa floresta cheia de perigo.

Sei que sua reação não ia ser das melhores. Não agora que ela já tinha me visto e tinha sentido medo de mim.

Mas eu nunca, nunca ia lhe machucar. Daria a minha vida para ver ela sempre bem.

Eu tinha que ser paciente, conquista-lá e fazer com que ela me conhecesse e percebesse que eu era sim um bom macho.

A deixando na nossa cama, vou pegar as madeiras para fazer o fogo.

Deixando minha armas de lado, fecho a cabana, bloqueando qualquer sopro do vento.

O interior logo está sendo iluminado pelas chamas do fogo.

Olho para a minha companheira, que se mexe um pouco. Afastando minha atenção, coloco os cogumelos para assar, assim como um pedaço de servo que ainda tinha guardado.

Alimentar minha companheira era a minha prioridade agora, aquecida ela já estava, eu só tinha que esperar ela acordar e ver como seria a sua reação. Devo dizer que eu me sentia um pouco com medo e um pouco inseguro também.

Bite MarksOnde histórias criam vida. Descubra agora