Capítulo 4

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Eu a observei toda a noite, velei seu sono e a vi acordar como a mais bela flor ao desabrochar em uma bela manhã. Está fêmea era simplesmente um encanto, de tão linda, uma verdadeira deusa encantada. Eu me sentia petrificado e anestesiado por causa dela. O doce perfume que vinha dela, acalmava qualquer medo que eu poderia sentir dentro de mim e todas as minhas inquietações. Seus olhos, claro com as piscinas da gruta, tinha uma doçura que eu em toda a minha existia nunca tinha visto antes nenhum ser vivo. Eles eram tão puros e bonitos, que eu nunca queria que seu olhar desvia-se do meu. Era como mergulhar nas nuvens que existiam no céu e se perder na maciez de um novo mundo descoberto.

O cheiro do seu medo era tão intenso, que me causava um embrulho no estômago. Eu não queria que ela senti-se medo, eu queria sentir esse aroma gostoso que vinha dela. Esse que exala coragem, doçura e seu gosto femenino. Que seu medo fosse embora e que ela tivesse a certeza que eu não estava aqui para machuca-la.

Move-me, observando cada pequeno movimento dela, a seguindo para mais fundo na floresta. Observando cada pequeno movimento que ela fazia ali. Ela era uma fêmea muito inocente. Mesmo com medo, estava ali, recolhendo aqueles galhos, os empilhando em um amontoado. Por mais que ela tivesse sentindo que algo estava além do que os olhos dela podiam ver, a sua coragem ainda se elevava, colocando o medo em segundo lugar. Ela não parecia o tipo de fêmea que fugia, mesmo que o perigo fosse além do que ela poderia resolver. Sua coragem era enorme, fazendo do seu medo algo minúsculo. Eu queria a envolver em meus braços, enterrar meu rosto na curva do seu pescoço, respirar seu cheiro e sentir apenas ela.

Por mais de uma década eu tenho vívido aqui, sozinho. Esperando que os deuses do universo mandasse pra mim a minha companheira predestinada. Eu  nunca antes poderia imaginar, que tão perto de mim havia uma criatura tão doce. Tão bonita. E que era aquela perfeita pra mim.  Eu a queria, e eu não mediria esforços para tê-la. Já bastava de solidão, de andar por aí caçando nas noites frias, de sentir o frio gelado em minha pele, enquanto eu poderia agora sentir o calor da maciez de um corpo femenino. Já bastava de ficar andando por aí, me lamento por minha solidão, de não achar que eu nunca poderia ter uma fêmea comigo. Os deuses estavam me mostrando que a minha hora de erguer e elevar minha família estava começando, e que este era o momento deu da início a uma nova vida, uma vida cheia de luz, beleza e momentos gloriosos. Era agora que minha vida realmente começaria, que eu sentiria o que era realmente amar alguém. Eu poderia ser todo grande, com músculos e essa expressão de fúria e selvageria em mim, mas eu era apenas um macho com desejos, vontades e sentimentos dentro de mim.

Eu queria uma família, queria saber qual era a sensação de proteger e cuidar de uma fêmea, de cuidar da minha própria família. 

Minha fêmea.

Minha.

Completamente minha.

Essa doce fêmea era tão inocente, tão vulnerável, que eu tinha todo esse instinto de  posse e proteção subindo em meu corpo. Esse desejo voraz correndo por meu corpo, aquecendo meu sangue e me fazendo sentir esse desejo  intenso e volátil  de reivindica-lá. Talvez eu não merece-se algo tão bonito, tão cheio de pureza, mas porra, ir embora e não lutar por está fêmea estava fora de cogitação. Eu não ia embora, não sem ela. Não ia voltar para uma floresta escura, silenciosa, fria e solitária. Os deuses me fizeram a encontrar, e de alguma forma isso já estava predestinado, então eu, não ia desistir ou ir embora sem antes joga-la por cima do meu ombro e levá-la comigo.

Observar ela, cada pequeno traço do seu rosto delicado era como contemplar as águas cristalinas da gruta. Seu corpo era pequeno, mas cheio de curvas. Mamas que eram cheias e voluptuosa, que aparentavam ser macias,  modelando com o resto do seu corpo bem nutrido das curvas mais generosas que poderia existir em uma fêmea.  Meus dedos coçavam para correr sobre suas curvas delicadas, sentir seu corpo delicado e pequeno de encontro ao meu. Sentir o gosto que ela teria ao beijar aqueles lábios cor de cereja que me fascinava. Só o pensamento de provar dela, já me deixava de pau duro, a ponta pingando de necessidade de marcar seu corpo com minha essência. O desejo de toma-lá pra mim se tornava quase insuportável. Meu corpo estava duro, minha pele rígida e meu sangue bombardeando de forma vulcânica por minhas veias.

Se está bela fêmea me visse agora, com toda a certeza ela correria de mim.  Ela iria para o mais longe, fugindo da besta que queria devorar ela por inteira. Mas eu não ia deixar ela ir muito longe. De forma nenhuma. Essa pequena florzinha é minha, e eu lhe mostraria que mesmo com toda essa minha forma um pouco brusca, crua e selvagem, eu era um macho gentil. Eu seria um bom macho para ela, sempre iria lhe proteger, cuidar bem dela e dá tudo de mim.

A forma como ela olhava a natureza ao redor, me deixava ainda mais fascinado. Minha vontade era de ir até ela, falar com ela e poder ter um pouco daquelas belezas azuis cor de gelo focadas em mim. Direcionadas somente a mim, ver qual seria a sua expressão no primeiro momento em que me visse. Sua reação de assustada seria a primeira que eu ia sentir.

Eu não ia conseguir esperar muito, não depois de conhecê-la e não depois de descobrir que ela é minha. Sua cabana era pequena, aconchegante e lhe fornecia um bom abrigo. Mas ao meu lado era teria tudo e não teria que sair e se preocupar em procurar galhos para deixar sua fogueira acessa a noite lhe protegendo do frio. Eu seria o seu cobertor, sua fonte de calor para lhe deixar aquecida em todas as noites.

Minha fêmea. Aquela predestinada a mim. Feita para se moldar comigo.

Eu a levaria para o meu refúgio, minha cabana e lá, seria onde ela ia me conhecer. Sua segurança seria a minha prioridade e eu nunca ia deixar nada acontecer com ela. Eu morreria antes de deixar qualquer mal acontecer com ela. Gastaria o último das minhas forças lutando por sua proteção, diante de qualquer problema que poderia vim acontecer. Nenhum animal, espécie ou outra raça a machucaria. 

Sigo por entre as árvores, a observando o tempo todo, vendo cada pequeno gesto que ela fazia. A eufória da ansiedade dela me ver era sufocante. Meu coração parecia que ia simplesmente parar no peito e eu ia morrer ali mesmo.

Seu cabelo longo balançava com o vento, trazendo até mim seu doce cheiro que me deixa inebriado por ela. Seu corpo se movia como uma graça hipnotizante, como uma fenina seduzindo um macho. E era exatamente assim que eu me sentia, seduzido por essa fêmea.

Dando um passo a frente, ouvir quando as folhas secas no chão se quebravam ao sentir meu peso. Uma agitação descomunal se formou dentro de mim e eu dei mais outro passo a frente, saindo completamente da penumbra das árvores, fazendo minha presença então conhecida.

A primeira reação da minha pequena fêmea foi arregalar os olhos e ofegar de surpresa, a segunda foi que deixou os galhos que estavam em suas mãos cair no chão. Observei como paralisada ela ficou, como sua expressão de choque, surpresa e medo marcavam fortemente seu lindo rosto bonito.

Naquele momento eu apenas fiquei a olha-la, observando cada traços delicado do seu rosto bonito, me controlando com o seu perfume que me envolvia por inteiro.



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