Capítulo 3

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Sienna


A minha manhã começou maravilhosa, com o brilho do sol, que me acordou e me fez sorrir e agradecer por esse novo dia. Como as manhãs eram lindas e como era bom ouvir o cântico felizes dos pássaros. Confesso que ontem me senti como se estivesse sendo observada, sei que era um pensamento louco, mais eu senti que lá fora, algo que ao meus olhos não podia ver, que havia algo me observando, olhando pra mim.

Pego minha xícara com café e bebo mais um pouco, amando o sabor amargo do café. Eu queria entender esse sentimento de sentir que estava sendo observada. Entender o por que eu senti como se alguma coisa estivesse olhando para mim. Entre as árvores, a vegetação escura do verde da floresta, eu nada conseguia ver. Talvez eu estivesse vendo muitos romances, com aquele ar de onde a mocinha é observada pelo homem dos sonhos que ela não conhece ainda. Era engraçado, como mesmo ser notar, sempre havia um homem observando as donzelas nos livros de romance. Eu me sentia derretida pela forma como havia tanta paixão, rendição e amor envolvido. Era tão lindo e fantástico, que imaginar viver um conto de um livro era como sonhar entre a nuvens brancas do céu.

Queria eu encontrar alguém que me ama-se de uma tal maneira, que até em outras vida existentes esse amor nunca morreria, só se tornaria ainda mais vivo. Me buscando, tendo essa necessidade de me amar de novo como se fosse a primeira vez.

Sei que morando aqui, sozinha nessa floresta, longe da civilização e principalmente longe do contato masculino, arranjar um homem séria meio difícil estando em todo esse meu isolamento. Como eu sonhava com coisas bobas. Mas não era só o isolamento que impossibilitava isso, sei que também não era o que um homem bonito estaria procurando. Era lindo como nos livros os homens eram caídos de amores por suas mulheres cheias de curvas, enfatizando e admirando elas em uma tal maneira que era até surreal de tão maravilhoso.

As vezes eu queria acordar e saber qual era a sensação de sentir braços ao redor de mim, me puxando contra um corpo duro e quentinho, me fazendo suspirar logo cedinho. Saber o que era receber aquele delicioso beijo de bom dia e ouvir um " Eu te amo" cheio do mais puro amor.

Suspiro, derretida com esse pensamento bobo. Termino o meu café e coloco a xícara na pia. Está manhã eu precisava colher alguns gravetos, abastecer o estoque de madeira para a laleira. As vezes as noite aqui era muito fria e ascender a laleira a noite era muito preciso e satisfatório.

Vou até a porta, calço minhas botas, pego meu chapéu e saio da cabana. Sorrio quando sinto o vento soprar contra o meu rosto e não posso deixar de me sentir feliz por está em um lugar tão cheio de serenidade. Com empolgação sigo em direção da floresta, amando como tudo é verde e com a vida se faz presente em cada pequena coisa.

As poucos vou encontrando os gravetos, fazendo uma pilha para depois juntar tudo é buscá-los no apoiou que eu tinha. Carregar todos esse gravetos ia ser muito cansativo, não que antes eu já não tenha feito isso, mais ia ser muitas voltas e quanto mais ágil eu fosse, mas rápido essa pequena tarefa estaria concluída.

De repente o som de algo estalando me faz parar e olhar para cima, me assustando um pouco, fazendo meu coração bater descompassado, e meu corpo inteiro ficou em alerta. Examinei o local, mais e claro que eu não vi nada.

Eu não sabia quão longe tinha ido na floresta, ou mesmo quanto tempo já tinha se passado. Eu já tinha feito uma pilha boa de galhos , que ia durar por quases três dias. Jogando o último galho que peguei na pilha, limpo minhas mãos em meu macacão roxo e sigo em direção a trilha que vai me levar de volta para a minha cabana.

Novamente sinto aquela sensação de está sendo observada e por um momento isso me dá medo. Tudo o que eu conseguia ver ao meu redor era o verde da floresta, nada eu conseguia ver além disso.

Tentando manter a agitação acelerada do meu coração, sigo caminhando devargar, tentando pensar em coisas que levem o sentimento de medo embora. Era uma tarefa um pouco difícil, dado o fato que eu sentia esse arrepio em minha nunca, se espalhando por todo o meu corpo.

Antes eu nunca tinha sentido medo dentro da floresta, como eu estava sentindo agora. Talvez eu estivesse criando paranóias em minha cabeça. Talvez o fato de está tão sozinha aqui estivesse agora me afetando e me fazendo pensar coisas incoerentes. Se por trás dessas árvores de troncos grossos existi-se algum perigo a espreita, com certeza eu já estaria nas garras do predador.

Um predador. Sorrio, me sentindo agora realmente uma boba por pensar dessa forma. Se alguém estivesse mesmo escondido, querendo me fazer mau, eu já teria sido atacada e machucada.

Chegando perto da cabana, paro quando ouço como se fosse passos atrás de mim, eu me viro e olho para trás e tudo o que eu vejo é nada. Minha mente estava começando a realmente me fazer sentir medo de verdade.

Eu respiro fundo e procuro chegar logo na minha cabana, acalmar meu coração acelerado e espantar de vez esse sentimento louco de medo que a em mim.

Quando finalmente avisto minha aconchegante cabana, me sinto como se nada podesse me fazer mau. Sento no primeiro degrau da escada da varanda e puxo uma grande quantidade de ar. Era como se eu estivesse corrido a uma distância absurda. Olho para o suporte de carregar os galhos e me pergunto do por que não ter levado ele quando eu fui. A tarde logo ia chegar e com isso a floresta ia tá mais calma e escura, proporcionando um ar ainda maior de mistério e suspense.

Eu não perdia deixar para lá os galhos que com tanto esforço procurei. Esse medo eu teria que vence-ló e parar de achar que estava sendo observada. A tanto tempo morando aqui, é nada nunca me aconteceu, eu não poderia deixar a minha imaginação levar o melhor de mim.

_Vamos lá, Sienna. Coragem mulher. Digo para mim mesma e com determinação pego o suporte de carregar os galhos e sigo de volta para a floresta, aonde deixei os galhos que empilhei.

Bite MarksOnde histórias criam vida. Descubra agora