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Pov Andrade

Após sair do transe que é beijar Juliette, voltei aos meus afazeres e pedi a Robs para liberar minha agenda amanhã, o que não teria problema já que eu estava trabalhando sem parar há dois meses e só tive folga ontem. Finalizei o trabalho e me despedi de Robs, enquanto avisava a Carl que estava descendo. Logo o encontrei na entrada do hospital.

-Boa noite, Carl.

-Boa noite, doutora.

-Como vai o Adam e as crianças?
-Todos bem, graças a Deus, doutora. Obrigada por perguntar.

-Imagina, Carl. Você sabe que eu adoro sua família. Vamos marcar um jantar qualquer dia desses, estou com saudade deles.

-Vamos sim, vou avisar ao Adam.

Seguimos conversando amenidades pelo caminho. O que poucas pessoas sabiam era que Carl era um dos meus melhores amigos e confidentes. Pela proximidade, viramos grandes amigos e eu sou madrinha de casamento dele e do filho mais velho, Johann, apesar de não haver distinção no tratamento com o mais novo, Leo. Eu os amo e os presenteio igualmente.

Ao chegar, fui direto para a cozinha, lavei as mãos e cortei algumas frutas para comer com iogurte, estava com fome, mas levaria algo para comer com Juliette.

Fiz o pedido da comida por telefone e subi para tomar um banho relaxante.
Optei pela banheira, já teria um pouco mais de tempo, mas não demorei tanto e logo sai me secando e passei hidratante no corpo. Como o inverno já chegava, escolhi uma calça jeans skinny escura, uma blusa de manga de lã azul marinho e um coturno cano baixo. Penteei o cabelo e o deixei secando naturalmente. Me perfumei, escovei os dentes, peguei o óculos por pura preguiça de colocar a lente e desci.

Peguei minhas chaves, a bolsa e o casaco e fui rumo ao restaurante, buscar a comida. Quando cheguei já estava pronto, então paguei e segui para a casa de Juliette.

O trânsito estava meio parado então aumentei o som do carro, que tocava
Over My Head de The Fray. Sorri e cantei junto, só eu sei o peso dessa canção pra mim. "Let's rearrange. I wish you were a stranger I could disengage". Mas eu simplesmente não consigo e não vou mais lutar contra. Aos poucos, após algumas músicas, os carros finalmente começaram a andar e em aproximadamente 20 min eu chegava à casa da morena. Peguei as coisas e subi, já havia sido liberada, segundo o porteiro.

Juliette já me esperava na porta com um sorriso de lado. -Andrade.. -Ela me ofereceu passagem e eu entrei.

-Freire. Espero que esteja com fome. Trouxe comida. Juliette sorriu e pegou a sacola das mãos de Sarah.

-Cheira incrível. Vamos para a cozinha, podemos comer lá.

Caminhamos juntas pela casa, o silêncio sendo preenchido pelo som suave da música tocando em segundo plano. Observei a casa de Juliette com admiração. Cada detalhe parecia refletir a personalidade calorosa e acolhedora de Juliette.

Sentamos à mesa da cozinha, o jantar espalhado diante de nós. Os pratos estavam lindamente preparados. Notei o olhar de Juliette fixo em mim e senti meu coração acelerar.

Juliette quebrou o silêncio: -Sarah, hoje no hospital...

Olhei nos olhos de Juliette e vi a mesma paixão que sentira no hospital.

-Foi mágico -sussurrei.

Juliette sorriu e estendeu a mão para segurar a minha.

-Eu não conseguia parar de pensar em você desde então.

Apertei a mão de Juliette, sentindo-me mais perto dela do que nunca.

-Eu também.

-Bom, eu pedi uma salada tropical, risotto de funghi e cheesecake de frutas vermelhas. Trouxe suco e vinho também. Espero que goste.

Medical Hearts - SarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora