05.

257 13 17
                                    

Laura
📍L.A, 30 de setembro de 2023.

Acordo e vejo que Hacker ainda está dormindo, porém não está mais com a mão em minha cintura. Eu achei muito estranha essa atitude repentina dele de colocar a mão em minha cintura. O que será que passou em sua cabeça?

Levanto cuidadosamente para não acordá-lo e vou para o banheiro tomar meu banho.

Enquanto ligo o banheiro da suite de Hacker fico me perguntando se ele sentiu ciúmes de mim com Gabriel. Droga, isso é impossível e eu ainda fico criando expectativa. Estou com um ódio enorme de Hacker, como ele ousa quase transar comigo e depois me tratar igual uma qualquer? Na verdade, eu me comportei igual uma.

Entro no chuveiro e sinto a água escorrer pelo meu cabelo, depois em meu corpo. É tão relaxante.

Depois que já se passaram aproximadamente 20 minutos, abro a porta do box e no mesmo instante vejo uma silhueta, que particularmente reconheceria de longe.

— tarado! — grito.

Sinto os olhos de Hacker descerem sobre o meu corpo e pousarem em meus seios nus.

— pare de olhar! — digo com vergonha e ao mesmo tempo com raiva.

Que cara safado.

— ui ui — diz irônico — só vim dar uma mijada.

Que escroto. Já não bastava olhar os meus seios, e agora está olhando para o meio das minhas pernas. Sim, o triângulo das bermudas.

Pego uma toalha e me enrolo na mesma, deixando o banheiro, mas mesmo assim choco o meu ombro com o branco de Hacker, porém ele não sai do lugar.

Pego as coisas que vou vestir e vou para o quarto no qual eu ficava com meu hermano.

Chego lá e vejo que ele não está, ele me disse que iria sair com os amigos dele, os que ele fez por aqui.

Boto um short bem curto, que para ficar em casa está ótimo, e de parte de cima ponho um moletom cinza.

(...)

Sento no sofá e começo a procurar algum apartamento que seja bom, bonito e barato. Já estou totalmente decidida em sair dessa casa, não estou aguentando as provocações e brigas com Hacker, e me machuca ainda mais saber que querendo ou não, ele tem uma certa autoridade em cima de mim.

Depois de algumas horas, eu vejo um apartamento que tem esses três requisitos.
Porém, ele fica em Nova York, no Brooklyn. É perfeito! Tem um campus do colégio do meu irmão lá, e eu posso transferi-lo. Eu só tenho que pedir demissão, acho que nem isso, eu creio que não preciso. Eu já tenho dinheiro o suficiente para conseguir sair de Los Angeles com Miguel.

— Miguel! — digo indo até ele. — vamos sair dessa casa.

— o que? — diz confuso — vamos para onde?

— Nova York. — digo com um sorriso no rosto — iremos morar no Brooklyn, já vou te transferir para o campus de Nova York.

— e seu namorado? ele sabe disso? — diz se ajeitando na cama.

— não namoramos mais — digo curta — por isso vamos sair daqui.

Como se esse namoro fosse verdade. Haha.

— por mim não tem problema. — diz — e sinto muito pelo seu término.

Sem Freios.Onde histórias criam vida. Descubra agora