eight.

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📍 Los Angeles, 20 de outubro .

Laura p.o.v

Já faz alguns dias desde que chegamos a Los Angeles, o tio de Hacker veio nos visitar e vai ficar por aqui mais dois dias. O tio dele é bonito, e não é muito velho, é o caçula dos irmãos do pai dele, o mesmo deve ter seus quarenta e dois anos.

Esse tio dele ficou adiando a tão majestosa visita por conta de alguns problemas com o seu divórcio tão de repente. Eu percebi durante esses dias que o tio de Hacker está me paquerando, tipo fazendo uns certos comentários a respeito do meu corpo, do meu rosto e etc.
Mas nunca cheguei a falar isso para Hacker, já que estou desde aquele dia sem falar com ele direito, apenas quando temos que manter a aparência.

Nesse meio tempo que eu voltei para Los Angeles, fiz duas amizades com duas garotas que eu conheci na praia.
Ambas conhecem Carmen, justo porque Carmen é da mesma universidade que elas, e eu nem sabia que Carmen estava cursando alguma profissão.

Enfim, Julia e Emilly vinheram me elogiar e me eleger como a primeira pessoa que está com a perna quebrada que já viram na praia. Bom, eu não entrei na água, apenas pedi para Sidney ir passear comigo um pouco por lá, pois estava morrendo de saudade.

O médico que Hacker contratou, disse que o caso da minha perna era apenas uma fratura e que poderia ser resolvido com uma cirurgia simples, e então, foi feita a magnífica cirugia. Isso faz aproximada uma semana ou mais, e felizmente já posso andar normalmente e ir à praia com as minhas amigas.

— gente, tive uma ideia! — diz Julia animada dando pulos na cama — que tal a gente ir nessa tal festa desse tal "amador" ?

— virou fã de italianos gostosos? — digo.

— você sabe que a loirinha aqui gosta de lamber outra parada — diz Julia dando tapinhas no meu ombro.

— até sei a de quem . . . — digo a olhando de canto.

A mesma solta um riso tímido. Irei resumir, Julia e Emilly ficam, Emilly não demonstra ter uma vibe lésbica, a vibe dela é mais uma princesinha patricinha em apuros a busca de seu príncipe encantado, mas no caso princesa encantada. Porém no caso de Julia, ela sempre deixou claro que não gosta de pau, e a vibe dela de surfista maconheira ( no caso não fuma maconha, apenas bebe gin ) entrega ela de longe.

— quando que vocês duas vão oficializar o namoro de vocês? — pergunto dando um sorriso, pois shippo muito esse casal.

— quando a mãe da Emilly deixar de ser homofóbica e aceitar que a filha dela gosta de buceta — diz revirando os olhos.

— em falar na Emilly, aonde ela está? — pergunto.

— acho que ela está tirando fotos para a revista da mãe dela — Julia responde.

— ela vai nessa tal festa do amador?

— sim, ela vai tentar escapar de casa umas onze da noite para vir pra cá se arrumar com a gente — responde feliz.

Nesse exato momento estou na casa de Julia, avisei a Hacker que iria ficar aqui o dia inteiro, quero evitá - lo se possível o ano inteiro. Eu tirei a conclusão que eu o odeio mais que tudo, ele foi um completo canalha.

— você já escolheu o seu vestido, Juju? — pergunto dando um sorriso falso no rosto, tentando disfarçar a imensa raiva que sinto de Hacker.

— já sim! — diz animada — eu tô muito ansiosa para essa festa, fazia uns séculos que não acontecia uma festa de tão grande imensidão.

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