𝐀𝐭𝐫𝐚𝐜𝐚𝐨 𝐅𝐚𝐭𝐚𝐥 (lésbica +18)

Luxúria

• Gianna •

Observo aquela casa enorme, tudo de luxo e muito moderno, realmente ela tinha muito dinheiro, observo os quadros em uma estante, foto dela com um homem que julguei ser seu marido, seu rosto não era estranho, porém não me recordava de onde o conhecia...merda ela era filha de Valerie Beaufay? Apresentadora de TV famosa, onde eu estava me metendo?
Vejo a morena descer as escadas, vestida num vestido vermelho que caia perfeitamente em seu corpo e combinava com seu tom de pele e os cabelos negros escorridos até a altura da cintura. Ela busca meus olhos como se necessitasse de uma aprovação para sua roupa impecável:

- Certo, você fuma então acho melhor a gente sentar lá fora né? - me olha com olhar de reprovação

- Se você preferir, não me importo de não fumar - digo rindo

A morena vira em direção a cozinha, sigo ela, a mesma pega copos com gelo e a garrafa de Wisky cuja a qual ela balança e abre um sorriso:

- Aqui está a estrela da noite

Ela segue em direção a parte externa da casa que fazia jus ao resto todo, sentamos em poltronas, ela liga uma música, a vista é incrível, dali se via toda Seattle, tanto luxo e mesmo assim o olhar de Victoria era vazio para a paisagem:

- Então você é filha de Valerie Beaufay? - digo enquanto sirvo nossos copos, ela solta um suspiro

- Infelizmente sim - ela diz pesarosamente - ela é uma ótima mãe, mas imagina você ser filha da entrevistadora mais amada da América? É cansativo

- Realmente não consigo imaginar - dou risada e realmente não conseguiria, meus pais estavam longe de serem estrelas da Tv

- Mas não quero falar de mim, falaremos de você - ela se encosta na cadeira e dá um gole no wisky, da onde estou sentada tenho uma vista incrível de seus traços, os olhos negros me fitando, a boca carnuda sendo umedecida após ela passar a língua, a pele impecável, me recordo que a morena está esperando eu responder

- Bom... - tento realmente buscar algo interessante para falar - não sou médica - ela ri e eu também - também não sou rica, não sei - me jogo no encosto do sofá - não tenho muitas coisas para falar, sou tatuadora, dj anoite, moro sozinha, nasci na Inglaterra e vim para Shelton bem pequena, acabei crescendo aqui, não fiz faculdade, não tenho nada que seja ao seu patamar - ela revira os olhos com a minha última fala

- Tatuadora? - ela ri - isso é interessante, você tem quantas tatuagens - ela indaga curiosa

- Não sei ao certo, perdi as contas depois da vigésima  - ela me olha espantada - devo ter entre trinta e trinta cinco

- Caramba, eu jamais fiz alguma

- Podemos fazer uma, o que acha

- Quem sabe mais para frente - ela me olha receosa

- Você tem medo? - dou risada - não dói, juro

- Isso é o que todos falam, não acredito

- Só fazendo pra tirar suas próprias conclusões

Continuamos conversando sobre coisas aleatórias, ela me conta sobre como é ser filha de uma figura pública e como ela e Anne deixavam sua mãe de cabelo em pé quando eram mais novas. Seu telefone toca, ela olha o visor e me pede licença, vejo ela entrar para dentro e gesticular nervosa. Olho o relógio e já são meia noite e meia, a hora passou muito rápido na companhia dela.