7. Recompensa

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Ao retornarmos pra sala, Miguel está lá também.
No relógio da sala, vejo que já é bem tarde. Então falo com Guérrez.

- Amor, agora eu preciso ir embora. Tem como você me levar até em casa?

- Não pode dormir aqui esta noite, amor?

- Não dá. Minha mãe já tá muito brava comigo e ela nem sabe que eu tô aqui.

Ele ri e me dá um beijo, dizendo:

- Uma pena, Áli. Mas beleza, eu te levo.

Quando estamos entrando no carro, a porta de trás é aberta também.
Miguel.
Ele entra no carro e diz ao avô:

- Preciso ir pra casa também.

Guérrez bufa, revirando os olhos.

Esses dois são icônicos.

Guérrez estaciona o carro em frente a minha casa, eu o beijo, me despedindo e dou tchau a Miguel.

Quando desço do carro, vejo alguém parado na porta de casa.
Minha mãe.

Merda. Merda.

O carro continua parado, Guérrez aguarda eu entrar em casa.
Ao me aproximar, minha mãe arqueia uma sobrancelha, me pedindo uma explicação.

Eu não digo nada, nem sei o que falar.

Então furiosa, ela fala:
- Quero conhecê-lo. Vá chamá-lo agora.

Jesus.

Tento contestar:
- Ele tá apressado e já é tarde, mãe. Pelo amor de Deus.

Mas é em vão:
- Anda, Alina! Se você não chamá-lo, eu vou lá.

Que droga.

Volto até o carro e abro a porta.

- Guérrez. Minha mãe. Ela quer conhecer meu namorado.

Digo apreensiva. E ele sabe o porquê. Minha mãe nunca aceitaria que eu namorasse um homem dessa idade.

Miguel dá uma risada debochada.

E então Guérrez se vira pra ele:

- Você, Miguel. Desça e se apresente como namorado dela.

Eu e Miguel olhamos incrédulos para ele.

O garoto dá outra risada, dizendo:
- Haha, muito engraçado, abuelito. E porque você mesmo não desce? Não é você o namorado dela?

Guérrez em um tom muito autoritário, lhe responde:
- Já falei, garoto. Desça.
Te recompensarei depois.

Miguel olha pra mim e faz apenas um barulho que soa como "hum"

Meu Deus.

Então o garoto desce do carro e pega minha mão.
Jesus.

Vamos até minha mãe e ele a cumprimenta.

- Sou o Miguel, muito prazer.

Minha mãe o cumprimenta também.

- Então você é o namorado dela?

Miguel me olha antes de dizer:
- Sim, senhora. Desculpe por trazê-la tarde, é que o trânsito estava horrível hoje.

Minha mãe balança a cabeça dizendo que "ok".

- Tudo bem. Espero que isso não se repita. E quero que cuide bem da minha menina.

Miguel passa o braço pela minha cintura e sorri, dizendo:
- Com certeza. Vou cuidar.

Minha mãe entra, me lançando um olhar que quer dizer "ande logo."

Miguel dá risada após ela sair. E eu me sinto aliviada, por ela não ter desconfiado de nada.

- Obrigada, Miguel. Ainda bem que-

- Obrigada? Quero minha recompensa depois, "bebecita"

Ao dizer a última palavra ele a enfatiza bem, dando risada.
Ele sabe que Guérrez me chama assim.

Miguel retorna ao carro, depois olha por cima do ombro dizendo:
- Boa noite.








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