13. Babá

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Horas depois, Guérrez recebeu uma ligação e começou a falar em espanhol com a pessoa.

Não entendi quase nada, mas ao desligar, ele me explicou.

— São os sócios da empresa de minha família. Eles querem uma reunião com algum membro responsável pela empresa. Eu, no caso.

Eu apenas concordei com a cabeça.

Mechendo no celular, ele manda mensagem pra alguém. Poucos minutos depois, uma pessoa bate à porta.

Guérrez abre e cumprimenta o homem.
E eu me surpreendo ao vê-lo.
Miguel.

Estupendo e extremamente parecido com o avô.

— Vou ficar de babá dela, abuelo?

Ele diz rindo.

Eu não entendi muito bem o que ele quis dizer, então Guérrez se aproxima me abraçando e beijando minha testa.

— Bebecita, não vou poder te levar... a reunião vai ser um pouco longa e os sócios não permitem outras pessoas além dos responsáveis pela empresa. Desculpa.

Ele me beija, pedindo desculpa.

— Tudo bem, daddy.

Ele me dá um selinho e vejo Miguel nos observando.

— Acabou?

Ele diz irônico.

Guérrez vai na direção dele e chega bem perto, fixando o olhar em seus olhos.
Vejo o garoto recuar, mas Guérrez continua.

Então fala com uma voz firme:
— Você vai cuidar bem da minha garota, está ouvindo?

— Claro que tô.

— Acho bom.

Então dá um tapa no ombro de Miguel e vai se vestir.

Ele é bem rápido e logo está pronto pra sair.
Antes de ir, se aproxima de mim novamente.

Está cheiro e bem arrumado.
A camisa marca seus braços fortes e seu cabelo está muito bem penteado.

Ele me abraça e me puxa pra mais perto.
Agarra minha bunda e beija meu pescoço.

Eu gemo baixinho.

— Gostosa.
Peça a esse imbecil pra levar em algum lugar, não quero que você morra de tédio aqui dentro.

Dou um beijo e ele pisca o olho pra mim, dando tchau.

E então estamos sós. Eu e Miguel.

Ele olha pra mim e ri.
Fazendo caretas, começa a me imitar com uma voz irritante:

— Ain, daddy, tudo bem.

Eu vou pra perto, ameaçando dar um tapa, mas ele não liga e continua com aquela voz esquisita.

Então me aproximo e estou prestes a dar um tapa nele, quando me Miguel me puxa pra mais perto e agora nosso rosto está quase colado.

Sinto sua respiração e fico um pouco ofegante.

— Vocês são ridículos. Ele é ridículo. Me fala como você quis ficar com um velho desse... sério!

Dou risada e falo com um sorriso de canto.

— Ele... hmm. Você não sabe do que seu abuelito é capaz, Miguel.

— O quê? Me fala.
Por acaso você tem feitiche em pau mole? Pq deve ser assim que ele fica, de pau mole.

Rio mais ainda. Que debochado.

— E se eu tiver? Pq você está se incomodando?
E se serve de consolo, ele nunca me decepcionou, querido.

Me afasto, dando as costas, mas ele me puxa novamente.

— Agora eu fiquei curioso. Como foi que vocês se conheceram? Ham?

— A gente estava em uma festa. Foi lá.

— Hmm. E aí ele começou a te babar e você aproveitou.

— Babar?  —  e dou risada da sua expressão.
Ele me babou sim, mas foi pra facilitar a entrada.

Falo para lhe provocar e me afasto. Ele parece ficar incomodado com a relação do avô comigo.

O

u seria ciúmes?


Meu sugar daddy gringoOnde histórias criam vida. Descubra agora