Estreitando Laços

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POV'S: Demi

A fazendeira beijava tão bem, ela tinha uma pegada forte de tirar o fôlego, que facilmente enlouqueceria qualquer pessoa. Seus lábios carnudos corriam pelos meus buscando o encaixei perfeito das nossas bocas para o início de mais um beijo gostoso de línguas atrevidas procurando uma a outra, com a sua sendo sempre mais envolvente e dominante nas ações. Ofegante, meu corpo estava trêmulo por entre seus braços quentes, quando um beijo era quebrado recomeçavamos outro, voltando a nos beijar, como havíamos começado. Suas mãos inquietas e deslizantes me apertavam, tocando em carícias minha pele alva arrepiada com seu tato de dedos ásperos. Em algum momento durante nossa troca ininterrupta de beijos e amassos fui presa entre ela e sua mesa, Selena tinha me virado em direção ao móvel ficando por entre as minhas pernas ao me colocar sentada no tampo de madeira envernizada. Eu já não estava mais usando o meu jaleco, que assim como seu chapéu tinha se perdido pelo chão do escritório há longos minutos atrás. Chupando a minha língua a fazendeira quebrou o beijo ávido por falta de ar, me dando alguns selinhos seus lábios sedutores desceram para meu pescoço de forma pretensiosa e lenta. O movimento suave da sua boca tecendo beijos curtos naquela parte do meu corpo me causou sensações prazerosas e únicas, um sorriso involuntário apareceu no meu rosto ao mesmo tempo em que minha cabeça tombou para trás. Seu aperto em meus quadris ficaram mais fortes e possessivos, estremecida e não querendo que ela se afastasse dali tão rápido agarrei seus cabelos. Movida pelo desejo entrelacei minhas pernas em sua cintura a trazendo mais para junto de mim, impedindo assim que a mulher se afastasse. Aprovando minha atitude, Selena continuou espalhando com paixão pequenos beijos e mordidas ao redor do meu pescoço recebendo um gemido manhoso da minha parte como resposta positiva. O ruído indecente e indiscreto saído da minha garganta sem permissão alguma, onde meu rosto ardeu em constrangimento, veio acompanhado de um outro barulho indecifrável do lado de fora do escritório, soando para mim como um aviso claro de que precisávamos parar por ali. Por mais que eu quisesse seguir em frente, não poderíamos continuar ou acabaríamos sendo pegas no flagra. Estávamos nos deixando levar pelo momento, nos arriscando demais sem perceber. A qualquer instante alguém poderia entrar por aquela porta, além da sua mãe e irmã recém-chegadas, a casa da fazendeira era sempre cheia de empregados prontos para servi-lá e acatar suas ordens. Delicadamente a trouxe de volta para mim segurando seu rosto por entre minhas mãos, conectando nossos olhares lhe dei um último beijo doce, encostando minha testa na sua. Ambas de olhos fechados, ficamos em silêncio apenas ouvindo nossas respirações pesadas se tornando uma só, com os corações batendo juntos em um ritmo descompassado recuperavamos compostura, enquanto meus dedos desciam em um carinho afetuoso por seus cabelos cheirosos de fios compridos e incrivelmente sedosos.

-Preciso ir, meu pai ficou me esperando lá fora para voltarmos juntos para a cidade. - Sussurrei sem me separar dela, a verdade é que eu não queria me afastar.

Mesmo querendo ficar e prolongar ao máximo esse momento bom, eu precisava deixá-la. Eddie deveria estar impaciente dentro da camionete a minha espera, meu pai me pediu para não demorar muito quando contei a ele que Selena mandou me chamar na casa grande, pois ele queria ir embora logo para descansar do dia exaustivo de trabalho que teve hoje na fazenda.

-Fica mais um pouco e janta comigo, depois eu pessoalmente te levo em segurança para casa. - Selena murmurou no mesmo tom usado por mim, roçando os lábios mansamente nos meus durante a pronúncia arrastada das suas palavras.

Tomada de surpresa pelo convite, me separei dela em um impulso, retirando as pernas da sua cintura a encarei nos olhos. Ainda mantendo contato entre nós repousei minhas mãos já trêmulas e geladas em seus ombros, como se uma quisesse descobrir o que a outra estava pensando, trocamos olhares intensos, ficando em silêncio por longos segundos. Sem conseguir me conter de alegria com o pedido para ficar mais tempo ao seu lado, sorri abertamente para ela, que retribuiu com menos intensidade, a fazendeira estava visivelmente apreensiva por eu ainda não ter lhe dado uma resposta.

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