Surpresa Indesejada

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POV'S: Demi

Quando sobreveio o nosso abraço ambas ainda de corpos nus, percebi ao ficarmos comprimidas nos braços uma da outra, que eu havia marcado sua pele com as minhas unhas amendoadas de tamanho médio. Envergonhada com a situação embaraçosa, me desculpei com ela preocupada, desfocando meus olhos constrangidos para o horizonte escuro de céu estrelado como nunca esteve antes ao proferir minhas palavras pesarosas em um tom baixo, arrependida por não ter percebido na prática do ato sexual que eu a machucava. Com o uso exagerado em minhas mãos da força que foi aplicada por mim ao extravasar o prazer que ela me proporcionou, causando arranhões que agora, eram danos que certamente ardiam e castigavam suas costas nas escoriações de cortes em linhas avermelhadas e de diferentes tamanhos espalhados na pele bronzeada da sua coluna vertebral. Toda amável, Selena olhou para mim e sorriu, me tranquilizando com um beijo doce antes de me mostrar as marcas próprias que ela também tinha deixado em mim sem que eu nem sequer me desse conta daquilo. A parte favorita da minha silhueta para a fazendeira foram os meus seios, onde a mulher pareceu fazer questão de querer marcar seu território, deixando inúmeros chupões de tons claros e escuros de vermelho e roxo na pele leitosa ao redor das mamas. Além de um hematoma com a sucção do tamanho certo dos seus lábios grossos aparecendo menos evidente na região posterior do meu pescoço, deixado ali enquanto dávamos um daqueles seus beijos dominantes e intensos que fugiam diversas vezes da minha boca indo para diferentes locais do meu corpo completamente entregue aos toques carinhosos e envolventes dela. O bom é que, as marcas físicas deixadas por nós duas uma no corpo da outra ficaram em lugares onde poucas pessoas veriam, nos privando assim do grande constrangimento que seria sair e mostrá-las por aí. Garantindo que não existisse qualquer sinal indicativo de dúvidas ou vestígios da minha insegurança tola demonstradas anteriormente por não poder tocá-la, Selena manifestou-se de modo explicativo uma última vez antes de vestirmos nossas roupas e partirmos em definitivo para a fazenda. Repleta de brandura e suavidade na fala, Gomez me contou terna que não costumava se importar e nem se preocupar mais assim com as pessoas que não eram do seu ciclo familiar. Mas por alguma razão desconhecida pela mulher de posses, comigo passou a ser diferente após ter me salvado do quase afogamento no lago, querendo cuidar de mim em todos os sentidos desde então porque segundo ela, me ver feliz a fazia bem. Reforçando por fim sua decisão sobre não permitir naquela ocasião uma nova rodada de sexo e pegação entre nós, não por falta de vontade em satisfazer o meu desejo, que não foi correspondido. Mas sim, por não achar prudente que demorassemos mais no passeio a cavalo por ter notado o descontentamento do meu pai um dia antes, quando não fui embora com ele aceitando seu convite para jantar. Afirmando portanto com essa justificativa, que sua intenção jamais foi de me trazer problemas e nem gostaria de ser de modo algum a causadora de possíveis conflitos na relação entre Eddie e eu. Com suas palavras fazendo bem ao meu espírito e minha alma trocamos dois ou três beijos rápidos, nos locomovendo de dedos entrelaçados ao colocarmos devidamente nossas roupas até uma enorme árvore próxima, onde Rare ficou amarrada pelo cabresto. Pastando na sombra dos galhos longos sem a sela que foi retirada pela fazendeira na nossa chegada, para que o animal tivesse liberdade de comer sem impedimentos as ervas não ceifadas e vegetação rasteira nativas do solo. Por estarmos com a visão debilitada pela escuridão já penetrante, a fazendeira achou melhor não montar na égua pedindo que eu fizesse isso sozinha. Selena selou Rare novamente, indo na frente puxando-a calma pelas rédeas durante todo o trajeto até o retorno a fazenda quando aceitei após bater o pé em contrariedade ir montada na sua égua de estimação. Inicialmente não concordei com aquilo, cedendo minutos depois a insistência da mulher persistente e de cabeça-dura, que alegava ser o melhor para mim e mais seguro que fosse assim do jeito dela. Já que o caminho era um pouco distante sua alegação, foi de que eu poderia me cansar rapidamente por não estar habituada a esse tipo de atividade como ela estava acostumada. Sem reclamações extras montei no lombo do animal, resmungando por ainda não estar cem por cento de acordo. Disfarçando o sorriso ao escutar meus muxuxos e murmúrios de maneira não declarada, Gomez foi clareando o caminho com a lanterna do seu celular moderno após vencer nosso embate de teimosia.

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