「22」𝔱𝔞𝔨𝔢 𝔴𝔥𝔞𝔱 𝔶𝔬𝔲 𝔴𝔞𝔫𝔱

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⚠️ AVISOS ⚠️

Este capítulo contém menção a suicídio e cenas gráficas. Se for um gatilho para você, interrompa a leitura imediatamente.

"Mostrou sua língua e era bifurcada em duas,seu veneno era letal, quase acreditei em você

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"Mostrou sua língua e era bifurcada em duas,
seu veneno era letal, quase acreditei em você.
Você atacou todas as minhas falhas,
esperou que eu quebrasse, me segurou, esperando que eu me afogasse."

Take What You Want; Post Malone

🌘

Horas depois.
Complexo Hydra, Seoul.

Yeonjun se lembrava de absolutamente tudo.

Todo o sofrimento; a dor; as intensas e intermináveis sessões de tortura; o estado deplorável de seu filho aos três anos de idade; todas as crises de pânico e os pesadelos; as crises de abstinência de Jaehyun; a recuperação de todos os machucados; o desespero de colocar a criança dopada no carro e correr para longe o mais rápido possível; mas, acima de tudo, lembrava-se vividamente da sensação de perder uma parte de si no momento em que matou os capangas alemães para conseguir fugir do cativeiro.

Sua cabeça era um pandemônio e estava em completo silêncio pelas últimas duas horas enquanto revisava tudo o que havia planejado. A logística era um pouco mais complicada dessa vez e, por mais que ainda estivesse fervendo de raiva, precisava manter a pouca paciência que restava em si.

Estava no celular, mandando mensagens preocupadas para Soobin, mas era assegurado que as crianças estavam bem e suspirou ao receber a foto dos três com os rostos colados enquanto sorriam. Era a única coisa que mantinha seus pés no chão.

— E aí? Qual é a da cara de cu? — Wooyoung perguntou, entrando em seu escritório e sentando-se preguiçosamente na cadeira à sua frente. — Me mandou mensagem todo sério, repassei a semana na cabeça tentando lembrar o que fiz para te estressar, mas não consegui pensar em nada.

— Não fez nada, Wooy — garantiu, respirando fundo. — Só estou muito estressado. Se descontei em você, me desculpe.

— Não descontou, amor — negou, preocupando-se com as expressões balísticas. Aquilo era raro. — Ju, o que aconteceu?

— Lembra do sentimento? — indagou, puxando os cabelos para longe do rosto. — Quando você me viu na porta daquela casa na Alemanha?

Wooyoung respirou fundo, entendendo a raiz do problema. Yeonjun virava outra pessoa quando falava sobre o cativeiro e sempre evitava mencionar o assunto. Odiava lembrar como o encontrou completamente dilacerado em todos os sentidos. Ainda assim, era estranho vê-lo falar sobre aquilo voluntariamente.

— Lembro da sensação de alívio de te ter de volta e do luto, porque também sentia que tinha te perdido para sempre.

— Como assim me perdido? — perguntou, curioso.

UN(FORGIVEN): LIVRO 2 • yeonbinOnde histórias criam vida. Descubra agora