A Tinny Incident

A solução

-Ah! Qual é?! Até quando vocês vão continuar com esse tratamento de silêncio besta?! São criancinhas retardadas, é?!

Donald gritou no meio da empresa, mas como um fantasma ninguém nem ao menos o olhou, todos voltaram a cochichar e fazer suas tarefas.

Era simples.

Enquanto alguém não conseguisse achar uma maneira de tirar Donald Brodie da empresa, ninguém ousaria lhe dirigir o olhar ou uma palavra.

Morgan via isso com bons olhos, todos daquela empresa estavam fazendo isso pelo Wess, uma pessoa querida ali dentro e até quem ele não tinha afinidade fazia isso por ele. A ajuda poderia prejudicá-los caso os donos de fato soubessem o que estava acontecendo.

Enquanto isso, o seu setor fazia de tudo para que o caminho de Wess não coincidisse com o de Donald, tanto pelo seu psicológico quanto pelo fato de que a pressão alta persistia botando sua saúde em risco.

Quando Morgan chegou à sala encontrou Malcolm e Jackson juntos com Wess, ele estava sentado usando roupas que tentavam esconder o contorno do seu corpo, a barriga grande, seus peitos inchados, o quadril mais largo. Ele segurava uma prancheta enquanto passava informações para os dois que ouviram atentamente.

-Oi, desculpa incomodar, mas alguém atualizou a tabela de preços da placa solar? 

-Não, papai. Acho que o Anderson ficou de fazer isso -Malcolm falou prontamente com um sorriso no rosto. Seu novo apelido no grupo: papai. 

Seus amigos aceitaram a notícia de forma leve e descomplicada, ninguém esperava e a desculpa que ambos deram não foi muito convincente, mas não ao ponto de fazê-los questionar. Anderson ficou imensamente feliz ao saber que mais um amigo teria filho no grupo, bem, eram dois na verdade, então ele e a esposa faziam questão de passar o máximo de informações que pudessem a respeito da melhor marca de chupeta e mamadeiras ou a quantidade adequada de fraldas para o primeiro mês.

-Wess?

-Sim. Alguma coisa?

-Uma coisinha lá fora.

Wess assentiu e tentou se levantar, mas era preciso de um esforço grande então Jackson segurou seus braços para que ele pudesse se apoiar.

-Obrigado!

Jackson sorriu.

-O que seria de sua bunda gorda sem mim?

Ele fez biquinho.

-Olha aqui, querida -Wess gesticulou comicamente o dedo indicador em direção a mulher enquanto remexia a cintura -você daria a vida por esse meu lindo bumbum gordo aqui, viu?

Ela riu.

-Morgan que diga, né?

-Sua! -Wess estava pronto para soltar um palavrão, mas Morgan o puxou pelo braço delicadamente.

Quando ambos já estavam do lado de fora no meio do corredor, Morgan pôs a mão sobre o ventre do ômega.

-Como você está se sentindo?

-Eu… eu acho que bem. Percebi que vocês fizeram de tudo para que eu não visse o Donald pela empresa… obrigado, sério, mas eu acho que não é possível fazer isso para sempre.

-Eu sei.

Morgan sentiu um chute forte na palma da mão, ele então se ajoelhou e puxou a camisa para cima para colocar os lábios sobre a pele quente de Wess. Uma linha marrom dividia a barriga de uma forma simétrica e seu umbigo antes tímido estava para frente marcando a camisa de algodão. Então estremeceu e vieram os chutes, a abobrinha já reconhecia a voz do pai e bastava falar um oi para que fizesse o bebê ficar energético por atenção.