A tempestade

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-Papa! Papa! Papapapa! -Audrey falava conforme a colher com papinha de abóbora ia em direção à sua boquinha aberta e faminta.

-Meu bebê quer mais uma? -Wess perguntou levando outra colher para o ar e depois para a boquinha do filho. O Audrey assentiu e comeu mais um pouco.

Quando se deu por satisfeito, Audrey cuspiu sujando todo o babador de peixinho que usava. Wess pacientemente passou um lencinho e o tirou da cadeirinha segurando-o próximo ao corpo. Sua abobrinha parecia o pai alfa até nisso porque tinha um corpo comprido para um ano e três meses que tinha.

-Quelo, quelo! -Audrey falou puxando a roupa do pai à procura de um peito cheio de leite nutritivo e quentinho. Ele aproximou a cabeça, encostou e sem qualquer esforço começou a mamar.

-Me lembra de você quando eu estava grávido dele. Você puxava minha roupa onde estivesse pra enfiar sua cabeça na minha barriga.

Morgan riu.

-Wess, você escutou o que você falou?

Wess riu também.

-Seu idiota, você sabe o que eu quis dizer.

-Claro, claro. Puxar roupa, cabeça e enfiar, óbvio que eu entendi. Agora, Audrey, quer vir para o papai?

-Papai -Audrey disse de modo orgulhoso tirando o peito da boca para pronunciar a palavra completa que ele conseguia.

-Sim. Esse papai aqui que te ama muito. Vamos? -Morgan estendeu os braços e Audrey veio em seguida passando os braços em volta do seu pescoço -ai meu Deus, o que eu fiz para merecer um bebê tão lindo como esse?

-Agradeça a mim -Wess sorriu. Ele estava lindo usando roupas todas pretas com um colar prateado e um novo corte de cabelo.

-Obrigado, menino da ilha. Obrigado por me dar um bebê tão lindo quanto esse! -Morgan falou enquanto enchia a cabeça do Audrey com beijos longos e demorados que fizeram o bebê se empertigar em seu colo.

-Pronto. Você sabe o que precisa fazer e sabe que é proibido televisão para bebês nessa casa.

-Eu e o Audrey passaremos um lindo momento de pai e filho enquanto você vai ao seu encontro -Morgan revirou os olhos enquanto Wess estava de costas -se divirta e se cuide.

-Claro, claro. Assim o farei, você vai dormir aqui?

-Hum, por você tudo bem?

-Sim, o quarto está no mesmo lugar de sempre. Além disso, o Audrey dorme melhor ao sentir o cheiro do seu pai alfa ao lado dele.

-Perfeito… e você? Você vai dormir em casa?

-Não faço a mínima ideia do que farei, exceto que vou transar com uma mãe alfa gostosa e solteira da creche do Audrey. Que sabor a maturidade traz as pessoas, você devia tentar, mulheres habilidosas que sabem fazer diversas coisas com as mãos como dar uma mamadeira enquanto montam um cercadinho. Porra, que agilidade, você precisava ver.

-Wess, por favor. Pare de descrever essas coisas estranhas na frente do Audrey, eu gostaria que demorasse anos até ele saber de onde os bebês vêm.

-Certo, certo. Tchau, minha abobrinha, o papai ama tanto você! -Wess se aproximou e beijou a face do filho que em troca o beijou de volta.

-Tchau, Wess.

-Tchau, Morgan.



Não demorou para que o Audrey estivesse dormindo no berço em volta de um polvo de pelúcia que não saía do seu lado, era verão então os cobertores eram facilmente substitutos por pijaminhas curtos e confortáveis. Audrey dormia tranquilamente enquanto Morgan o observava de modo sereno e repleto de amor, seu pequeno era tão parecido com Wess, rindo ou quando estava obstinado em busca de algo era ainda mais semelhante.

A Tinny IncidentOnde histórias criam vida. Descubra agora