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JENNA

Todos nós ficamos perplexos com a fala de Hunter, eu parei até de sentir dor para encara-ló.

- Certo, acho que eu preciso de um tempo para pensar. - Papai disse meio baqueado. - Vocês não vão embora de casa, vão para o quarto de vocês agora, e eu dou esse jantar como encerrado. - Ele se levantou e saiu.

- Mas por que já vamos embora? Estava tão bom aqui na presença de Jenna. - Amara disse e eu arregalei os olhos.

- Menina, você está variando. Eu não lhe dei espaço para dizer essas coisas. - Eu respondi e Emma me encarou triste.

- Boa noite para quem fica, estou indo me deitar. - Ela saiu sem nem ao menos falar comigo.

- Bem, vamos embora. Eu desisto de arrumar pretendentes para vocês, só arrumam confusão. - Jonas se levantou com a esposa, e foi embora.

Eu já não tinha nada para fazer aqui, então me dispôs a subir para meu aposento. Quando entrei, notei que minha esposa arrumava uns travesseiros e lençóis, enquanto saía lágrimas de seus olhos.

- O que há de errado? Por que está chorando? - Tentei abraçar, e ela me recusou.

- Não lhe diz respeito. Pegue suas coisas e vá dormir no sofá. - Ela me entrega os travesseiros.

- O que? Por que?

- Porque se você não for, eu irei. - Ela se deitou de costas para mim.

O que eu poderia fazer? Eu apenas suspirei, troquei minhas vestes e desci para o sofá. O sofá é muito duro.

Mas o que eu fiz para que ela sentisse raiva de mim?

Eu não me recordo de ter feito nada errado, mas eu sou muito idiota. E se ela não quiser mais falar comigo, ou pior, e se ela decidir se separar de mim?!

Eu sacudo a cabeça em negação, tentando afastar esses pensamentos ruins.

- Amor, venha para o nosso quarto? Eu não consigo dormir sem você. - Ela aparece no topo da escada com uma carinha linda.

Eu certamente sou uma abobalhada por essa mulher.

- Mas foi você disse para eu vir dormir aqui.

- Você quer ou não vir repousar comigo? Se quiser pode ficar ai.

Essa mulher está variando, uma hora está brava, depois está carinhosa, agora voltou para brava.

- Estou indo. - Recolhi os lençóis e travesseiros e subi para meu quarto novamente.

Deitei-me na cama com ela do lado, agora é a hora que sempre fazemos amor, não custa nada tentar.

Abracei seu corpo e lhe dei alguns beijos no cangote.

- Jenna, chegue para lá. Não iremos fazer nada disso, pois eu estou com raiva de você.

- Mas o que eu fiz? - Tratei de me defender.

- Você deu brechas para a assanhada. Nem se quer me avisou que ela estava alisando suas pernas.

- Mas eu afastei os pés dela, eu te juro.

- Você irá me abandonar, sei que vai fazer isso. - Ela estava chorando?

- Eu nunca faria isso, não estou variando. Pare de chorar, eu nunca sei o que fazer.

- Eu não consigo te dar um filho, e você logo vai procurar uma moça jovem para lhe dar filhos.

- Eu não te trocaria por nada, e se não conseguirmos ter filhos, iremos em um orfanato, creio que deve ter crianças belas, por lá.

- Jura que não irá me trocar ?

- Eu te juro. Como poderia te trocar por outra, se eu amo só você?

- Eu também lhe amo muito.

Abracei seu corpo quente, e beijei sua bochecha.

- Agora tire essas roupas e venha para a cama porque eu te quero agora.

- Mas você disse que não...

- Você quer ou não? - Ela me encarou novamente.

- E eu sou louca de recusar? 

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