Visão panorâmica de um amor abandonado,
sei que um dia fostes agridoce e cítrico.
O vazio que ali ocupa,
as faltas que deixaram de preencher-se,
hoje fazem eco.
Será que foi mesmo? Quando foi?
Talvez o que foi seja a idealização arquitetônica.
Sim, daquilo que poderia vir a ser construído.
Planejamentos aposentados da ideia de uma possível concretização.
Ideias. Planos. Enfim, a Idealização inerente ao romantismo.
Ela que dói e faz inflamar dentro do peito.
Chamegos não sentidos pele a pele,
palavras jogadas ao vento... sem pestanejar.Queima a pele a ideia de uma sensação do que poderia vir a tocar.
Mas não foi.
Dificuldade em digerir aquilo que sente ainda formigar.
Aguardando pelo momento das cicatrizes,
que vez ou outra abrem-se em forma de protesto.
Gritando uma dor do que já se foi,
por que tão embaraçado o aceitar?
Seria por pura desatenção? Negação?
Ou um prazer mórbido do lamber das próprias feridas?
Mas na aceitação torna-se fato
de que virão sim a fechar.
Logo, bem breve,
tornarão-se mais uma história num baú de memórias.
estas que já não punirão mais um coração
que um dia ousou ser tão dilacerado.
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La luna
PoesieEis aqui meus poemas que retratam em sua forma mais límpida o que transborda dentro de minha alma e coração. "A Lua" no mundo simbólico do Tarot, de acordo com estudiosos da área, pode revelar imagens da alma. "Essas imagens podem ser confusas, difu...