III. Dois pedaços de um coração partido

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Observam-se. Não se tocam.
Mágoas derramadas entre duas almas desamparadas.
Ela diz que ele pode tocá-la.
Ele evita.
Mas quando ela se deixa levar pelo sono naquele quarto preenchido pela dor, ele a observa mais de perto.
Alguns momentos ela forja a bela adormecida para apreciar aqueles momentos.
Se apaixonou. Não pôde controlar.
Porém aquilo nunca iria se deixar escutar pelas paredes daquele quarto em que nunca poderiam se amar.
E como já diria aquela pequena história melancólica das dores do amor:
ela crê que eles talvez tenham começado a morrer.
ele diz não saber nada sobre a morte, que é um homem que não sabe quando amou.

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