Capítulo 08

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— Sabe da nova loja de jogos? Abriu uma na cidade, com hologramas e salas de simulação

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— Sabe da nova loja de jogos? Abriu uma na cidade, com hologramas e salas de simulação. É divertido e perto da escola. Faz um tempo que queria passar por lá. — Nina não era social o bastante para fazer um convite direto, então a garota jogou o papo, na esperança de que Robert ou eu marcássemos um encontro na loja. 

—  E por que não visitamos? — Sugeri, tentando conter o sorriso com a reação animada da menina, ao saber que ela tinha conseguido o que realmente queria.

—  Eu topo! Não costumo sair muito de casa. — Seus dedos longos e finos colocaram uma mecha do cabelo loiro para trás de sua orelha. A menina continha um copo mediano de plástico com um canudo. Era um simples milk-shake de morango.

— Eu passo pessoal, simulações sempre me deixam com dor de cabeça. — O ruivo fez uma careta, enquanto terminava de comer um prato de batons fritos. Diferente da loira, o garoto se alimentava com calorias e gorduras, sem se importar com sua saúde, aparentemente.

— Isso é raro de acontecer.

— Muita tecnologia. Na minha cidadizinha essas coisas são desnecessárias.

— Toma aqui, sua mão tá toda suja. — A menina entregou alguns guardanapos para o rapaz, que tratou de limpar a ponta dos dedos melados de gordura. — Não acha que deveria comer algo mais...energético? Gordura é energia, mas pode te fazer mal no treinamento. Eu sugiro algo mais leve e com alto teor em vitaminas.

— Essas frutas e shakes são sem gosto! Parece até que querem tirar toda a diversão dos alunos. — Robert fez outra careta, olhando de maneira cobiçando para a porção de batons. — Prefiro meus petiscos.

— Mas eu contei pelo menos uns 10 bacons aí.

— Contou? Se queria era só pedir. Pode pegar! — O rapaz empurrou o prato para mais perto de Nina, que levantou a mão, negando com a cabeça. — Vai la! Experimenta!

— Não! Muito obrigado. Aí tem excesso fritura.

— Deixa de ser chata! Precisamos de um gostinho bom nessa vida! E parece que aa coisas vão ficar sérias. Então, vamos aproveitar tudo o que temos de delicioso. — O garoto insistiu, empurrando mais o prato. Se a loira se afastasse mais, cairia de costas do banco do refeitório.

Estávamos dentro da sala, diferente de onde eu havia ficado pela manhã com minha prima. Ali era mais mais fechados e ficava perto da cantina onde as mulheres uniformizadas vendiam os alimentos. Pelo menos ali não deveria haver riscos de ataques de vampiros. Era no que eu queria acreditar.

Meu coração ainda estava inquieto por não encontrar Gabi tão cedo quanto pensei. Mas na hora em que me levantaria com alguma desculpa para sair e procurar por ela, os cabelos volumosos e castanhos brilharam com a lâmpada do local. Seus olhos brilhantes me capturaram como um gato atrás do novelo de lã.

— Purpurinha!! — A menina se aproximou correndo em minha direção, segurando a bolsa com uma das mãos. Seus lábios estavam abertos em um longo sorriso, mas o batom parecia mãos fraco do que quando nos despedimos.

Unida Com Os VampirosOnde histórias criam vida. Descubra agora