Capítulo 05

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Não éramos apenas nós duas que corríamos pelo corredor, alguns alunos azarados também estavam preocupados com o tempo

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Não éramos apenas nós duas que corríamos pelo corredor, alguns alunos azarados também estavam preocupados com o tempo. Olhando para aquela cena, pensei em um filme de terror, porém, cômico, já que eu fazia parte dele. Preciso contar isso para a Gabi. 

— Você não tem medo de morrer?! Humano fedorento! — O som do baque de um corpo entrando em contato com uma das grandes latas de lixo, chegou até mim e Nina. 

— M-me desculpe, e-eu...d-desculpe...n-não queria...— Pobre garoto. Um menino alto de cabelos ruivos curtissimos, tinha tido o azar de esbarrar em uma vampira, acompanhada por dois homens de sua espécie, que saiam da sala. Aquilo me fez travar no lugar e Nina apenas esperou no lugar, tentando entender minha ação.

— Alisson?

— Espera aí, Nina.

— Sai da frente verme imundo, ou mando seu corpo como casca vazia de presente para sua mamâe. 

— Não! P-por favor! — O menino continuava se arrastando para o meio do caminho, sem perceber que sua atitude tomada pelo medo apenas o colocava na frente da vampira. 

— Não faça isso.  — A ordem veio da loira, que me segurou pelo braço, quando me viu dar alguns passos para frente.

— Não me peça para ficar só assistindo. — Me libertei de seu aperto.

— Está brincando com a minha cara? Ta se fazendo de surdo, muleque?! — A perna da vampira teria acertado o ombro do garoto em um belo chute, se eu...sim, euzinha, não tivesse entrado na frente para segurar seu tornozelo. 

— Peço desculpas pelo o meu amigo. — Os olhos alaranjados dela eram fortes como uma estrela solar e me encaravam por alguns segundos em choque. A emoção foi rapidamente substituída por indignação.

— Que cheiro bom...— Um dos homens admitiu, me olhando por cima dos óculos escuros que enfeitavam seu rosto. — Infelizmente é humana.

— Tira seu amiguinho da minha frente, protetora de merda. — A fala da mulher parecia um rosnado, me mostrando os  caninos afiados como dentes de cobra. A picada não deveria ser tão ruim, talvez...semelhante a uma vacina? 

— Agradeço pela gentileza. — O trio me olhava confuso, sem saber pelo o que eu agradecia. Mas diferente do que pessoas como Brad fariam com o ruivo, não senti zombação por parte dos vampiros. Apenas pareciam realmente com raiva do jeito atrapalhado do menino. - Vem. - Com uma mão e a quantidade certa de força, consegui puxa-lo para cima de uma vez, dando espaço para os sangue sugas passarem. 

— Obrigado, obrigado, obrigado. — O garoto agradecia, com as mãos sobre a frente do rosto, levemente curvado. Era mais alto do que eu, mas tão medroso!

— Tudo bem, colega. Humanos se ajudam. — Dei alguns tapinhas em seu braço, sorrindo para acalma-lo.

— Na próxima alguém vira suco de uva vivo. — Disse o outro homem do trio, seguindo a mulher que começava a se afastar pelo corredor, com as mão no bolso da jaqueta preta. Eles não tinham bolsa ou mochilas, diferente de nós. Por que?

— Para onde você estava indo? — Perguntou Nina, se pronunciando ao chegar mais perto.

Unida Com Os VampirosOnde histórias criam vida. Descubra agora