Capítulo 09

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— Você é bobão mesmo

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— Você é bobão mesmo...— Foi o que constatei quando as grandes escleras acompanharam o sorriso macabro do monstro, que gargalhava de alguma piada sem graça, da qual só ele entendeu. Minha dor era sua diversão, mas não me permiti gritar com seu aperto. As pessoas já corriam desesperadas sem motivo, gritar e espernear apenas pioraria a situação. — Vem com tudo grandão.

Meu sussurro pareceu servir de incentivo, ou de provocação, para a criatura sombria, que se desmateralizou e se formou em minhas costas. Foi um ataque bem pensado, mas eu já sabia lidar com Nobus muito bem.

Antes que seu grande braço, com as garras enormes e negras, pudesse me acertar em cheio, me agachei, catando com as mãos a única coisa em meu alcance que poderia usar como arma. Quando atirei o objeto, percebi que se tratava de uma bandeja com laranjas, pertencente ao aluno que reclamava anteriormente do pedido, mas que naquele momento nem se encontrava mais ali. Assim como os demais, todos saíram correndo e os poucos que restaram no refeitório pareciam concentrados em gravar o momento.

Esses alunos são burros ou o que?! Querem morrer para viralizar na Internet?!

— Petisco, petisco! Quero comer petisco! — A voz grave e desengonçada do monstro apenas piorou a sensação que tinha de se tratar de um grande bebezão. Será que Brad ficaria assim se fosse um Nóbus?!

— Então pega esse petisco aqui! — Outra bandeja voou pelo ar em direção da cabeça da criatura, que apenas levantou o braço para bater no objeto, quebrando-o facilmente.

E quando vi pelo canto do olho a senhora que se mantia em choque finalmente correr com os colegas para fora da parte da cozinha, consegui me voltar totalmente para o monstro.

— Agora sim. Somos só você e eu. — Tentei ignorar na minha mente a presença dos estudantes idiotas que gravavam com os celulares.

As sombras do corpo monstruoso começaram a se mover em direções diferentes, o que indicava que o bicho novamente se teletranportaria pela escuridão, para algum lugar. Não podia permitir. Não ficaria brincando de gato e rato com aquele ser.

Corri para o lado contrário ao da criatura, voltando para perto da mesa em que estava sentada com Nina e Robert. Minha mochila ainda estava lá e dentro minha corda. O monstro deveria ter se teletransportado, pois o som de um grito feminino me puxou a atenção. Eu entendia a reação exagerada da aluna ruiva no canto do refeitório, pois para quem via um Nobus agindo pela primeira vez, poderia realmente se espantar. Mas também sabia que o bicho não iria atrás de outra vítima, até acabar comigo. Nobus sempre se focavam em 1 único alvo.

— Tô te esperando....— Sussurrei, atenta a qualquer movimento próximo. Até mesmo a direção do vento não passou despercebida por mim. E quando puxei a corda de dentro da bolsa, a criatura apareceu ao meu lado, acertando a mesa ao invés do meu corpo, quando me desviei. O material não aguentou a pressão e rachou, sendo acompanhado de um baque alto. — Seu vândalo! — Gritei. Minha próxima ação foi simples. Aquele monstro era muito lento, assim como grande. Errar seria difícil.

Unida Com Os VampirosOnde histórias criam vida. Descubra agora