Capítulo 12

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— Vampiros tem a necessidade de usar armas? Os dentes já não servem para isso? — Minha pergunta retorica foi uma tentativa de humor

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— Vampiros tem a necessidade de usar armas? Os dentes já não servem para isso? — Minha pergunta retorica foi uma tentativa de humor. 

— Os dentes são como furadeiras.  — Robert imitou com os dedos indicadores, os caninos dos sangue sugas. 

— O cabelo já é vermelho, mais um pouco e vou pensar que você é um deles.  — Soltei uma breve risada, fazendo o ruivo me acompanhar nela. 

Só rindo para aguentar essa aula. Eu pensei, observando o toque de mãos da professora Makita com o instrutor dos vampiros. Algo me dizia que ela teria prazer em nos maltratar, mesmo sendo humana. Mas por que? Qual era o intuito em tratar ambos os alunos de modo diferente? E por que a escola permitia uma professora daquelas? 

— Ouçam todos! Vou deixar algumas armas disponíveis para que escolham as que melhor manuseiam, ou as que pensam saber usar. Enfim, não quebrem as armas, se não seus responsáveis terão de paga-las para a escola. — Makita caminhou em direção as grades, após nos instruir do que fazer e abriu os cadeados, deixando-as livres. Os alunos se amontoaram ao seu redor, enquanto os vampiros se mantinham longe e perto de Alaric. 

Eu e Robert decidimos esperar o tumulto diminuir para pegarmos as armas que sobrassem. Conversando, descobri que o ruivo possuía mais habilidade com armamentos pesados, enquanto eu usava os itens incomuns, chicotes, cordas, lanças, etc. Eu não podia simplesmente dizer que fui ensinada a me adequar a qualquer tipo de arsenal. 

Quando estávamos próximos, a professora Makita se aproximou, nos observando como fizera ao demais alunos. Provavelmente deveria estar inspecionando quantas armas pegaríamos e se eram necessárias. 

— Só podem pegar 1 arma, nada mais. — Seu cabelo estava amarrado e os olhos escuros se fixaram nos meus. Havia uma emoção desconhecida entre eles, desdém, talvez. Pronto, ela deve ser parente daquele vampiro carrancudo. Pensei ao me lembrar do encontro com o sangue suga na enfermaria. 

— Eu acho que quero os machados, ou talvez os martelos. — Robert estava indeciso e se entretinha tanto com os objetos, que apenas ignorou a presença da professora. Seus olhos pareciam os de uma criança quando ganhava pirulito. 

— Pelo seu tamanho, eu recomendaria aquilo ali. — Apontei para um malho, mais especificamente uma maça no canto da sala, pendurada junto a outras por um suporte de ferro. — Vai fazer estragos, alemão.

— E se for muito pesado?

— Usa a velocidade do seu corpo e só joga. Depois de um tempo, você se adequa ao peso. 

— Interessante, eu vou tentar.  — E quando o ruivo saiu, eu me virei para o unico chicote que estava ali. As outras armas tinham sido fabricadas em grande quantidade, mas meu chicotezinho era solitário. Afinal, ninguém usava aquele armamento. Muito nem mesmo consideravam algo perigoso. 

— Uma fita? Como tentará machucar alguém com isso? Cuidado, novata. Pode estar tomando a decisão errada. — A professora Makita continha uma postura arrogante e uma expressão zombeteira. Provavelmente não acreditava que eu fosse alguém digno de honras, só uma aluna boba e curiosa. 

Unida Com Os VampirosOnde histórias criam vida. Descubra agora