Um eterno pirralho petulante

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Mesmo tendo repassado mil vezes aquela conversa em sua mente, Emi não fazia a menor ideia de como contar ao pai as últimas ocorrências que envolviam sua mãe, dado que tardou a compreender de fato a gravidade da conjuntura, tomando tal ciência no s...

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Mesmo tendo repassado mil vezes aquela conversa em sua mente, Emi não fazia a menor ideia de como contar ao pai as últimas ocorrências que envolviam sua mãe, dado que tardou a compreender de fato a gravidade da conjuntura, tomando tal ciência no seu caminho para casa. Agora, em seu quarto, ela contava até dez ao mesmo tempo que respirava fundo, criando coragem de pouquinho em pouquinho para procurar por Luffy. Ao sentir-se completamente segura, abriu a porta de seu quarto e habilmente desceu os degraus da escada até a cozinha onde estava o patriarca da família Monkey saboreando um pedaço de carne mal-passada.

Na esperança de ser notada, Emi forçou uma tosse, levando a atenção do pai a si que, com as bochechas infladas pela comida, sorriu de um modo alegre e limpou os lábios sujos de molho.

— Oi, Emi, o que é isso que você está segurando?

— Eh, bem — gaguejou engolindo em seco. — Vamos brincar de suposição?

— Ãn? Como se brinca disso?

— Eu vou dizer algumas coisas e você me fala qual seria sua reação.

— Pode ser!

— O.k., vou começar — disse Emi apertando o envelope de Mayumi enquanto procurava pelas palavras certas. — Vamos supor que a mamãe foi demitida do trabalho porque estava saindo com você.

— Há, essa é simples: eu ia na sua escola, quebrava a cara do diretor e pronto — respondeu cheio de si para logo sussurrar. — Talvez eu também daria um soco em cheio naquele dinossauro que peida whey protein.

— Você ia bater em um velho? — Indagou Emi assombrada e enfatizando a última palavra.

— Claro!

— Papai-bobão, não é assim que se resolve as coisas! — Criticou a mais nova, suspirando subsequentemente. — Por favor, papai, não faça nada que possa machucar alguém.

Isto posto, Emi entregou o envelope à Luffy que, com uma sobrancelha arqueada, retirou as fotografias e franziu o cenho em incompreensão ao analisar superficialmente as imagens.

— São fotos minhas e da Nami — murmurou confuso —, por que você tem elas, Emi? Onde as conseguiu?

Sem se segurar, Emi despejou tudo que descobriu por intermédio de Mayumi com uma velocidade impressionante, deixando seu pai vermelho de raiva que não pensou duas vezes antes de colocar sua filha no banco de trás do carro e partir apressado até a residência dos Roronoa.

Em contrapartida, depois da última aula na ShinSekai, Nami havia retornado para casa e se afundando na escuridão do quarto de hóspedes que a abrigava há dias, chorando compulsivamente, onde seus soluços eram os únicos barulhos que irrompiam a ensurdecedora quietude no qual o ambiente se encontrava, assim como as incessantes e preocupadas batidas na porta que ela fez questão de ignorar. Não se via preparada para contar a Robin e Zoro sobre sua demissão e suas causas, e não queria ver a expressão tristonha de Kuina ao descobrir que sua tia não seria mais sua professora.

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