capítulo oito

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Apesar de que todos os meus momentos com você sejam os meus favoritos, um dos principais foi quando eu te pedi em casamento.

Igual a todos os nossos outros momentos: completamente espontâneo.

Último semestre da faculdade, a correria de provas e trabalhos, tcc em andamento, agenda corrida e apertada, e o estresse à cima de tudo.

Era o primeiro final de semana após a minha conclusão de curso, e na seguinte seria a sua.

*

-Vida, tem um tempinho que a gente não saí. -digo me virando para Harry.

-Eu sei, meu amor. Nem tivemos tempo esses últimos meses pra limpar a casa direito, quem dirá sair dela.

-O que você acha de sair agora, então?

-Louis, são uma da manhã.

-E daí?

-Nós estamos de banho tomado, de pijama e indo dormir? -ele perguntava como se fosse óbvio.

-Ainda não vi o que nos impede.

-Você é maluco.

-Nunca discordei disso. -respondo -mas é sério, amor. Faz tempo que não saimos e agora temos tempo livre.

-E pra onde nós iriamos as quase duas da manhã, Sr. "nada nos impede"?

-Por aí, ué.

-Como assim "por aí, ué", Louis Tomlinson? -ele me encara franzindo as sobrancelhas e como se eu realmente estivesse louco.

-Você já foi mais divertido, Harry Styles. -eu brinco

-Sua chatice me afetou. -ele retruca

-Nem quero mais também. Pode já ir esquecendo nosso passeio romântico pelas madrugadas de Londres.

-E por onde seria esse passeio romântico?

-Por Londres, oras.

-Se eu não te amasse você tava perdido.

-Verdade, lindo. Agora vamos.

-De pijama?

-Sim, ué. Assim é mais emocionante.

-Onde eu fui me meter? -ouço Harry reclamando baixinho enquanto pega nossos casacos e nos preparamos para sair.

Londres está fria e coberta pelo sereno. Apesar de uma madrugada de verão, suas noites ainda conseguem ser congelantes as vezes.

Lembro-me de passarmos a madrugada inteira vagando por bairros conhecidos e frequentados por nós durante o tempo da faculdade.

Como a pracinha que costumávamos ir juntos depois do turno de Harry na cafeteria acabar. Saíamos com dois copos de café e um saco de croissants na mão, e sentavamos naquele balanço velho assistindo as crianças brincarem e conversando sobre nossos dias, desde os mais chatos até os mais agitados.

grapejuice - l.sOnde histórias criam vida. Descubra agora