༻30 || 𝐼'𝑚 𝐻𝑎𝑝𝑝𝑦 𝐴𝑡 𝐻𝑜𝑚𝑒༺

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18 de julho de 1975.

Eu estava no apartamento de Roger, já que havíamos combinado semanas atrás de fazer uma noite só nossa, cheia de doces, filmes e coisas do tipo.

O que eu mais amava em Roger era que as vezes ele era quase que um irmão pra mim, sabendo de toda a história dele. Por mais que ele quisesse passar um ar de durão, eu sabia que no fundo ele tinha um coração mole e medroso, que já havia visto e passado por muitas coisas.

— será que dá para deixar um pouco desse tal de brigadeiro para mim? — Taylor diz ao me ver comendo o doce desesperadamente. Ultimamente meus "desejos de grávida" estavam extremamente ativos.

bri o que? — digo rindo do loiro quando ele diz a palavra "brigadeiro" com aquele sotaque britânico.

brigadeiro — diz rindo e roubando minha colher, pegando o prato e saindo correndo até a cozinha — você já comeu metade, agora é a minha vez!

— se fode Roger — digo me sentando no sofá, prestando mais atenção no filme que se passava na TV. Depois de curtos minutos, o loiro aparece com a cara toda suja em marrom. Ao ver essa cena, não pude contar uma gargalhada histérica — vem cá, você parece uma criança — digo e Taylor se senta ao meu lado — às vezes me sinto sua mãe, sabia Rog?

— cala a boca, tenho 26 anos e sou mais velho que você — ele diz rindo. Após eu terminar de limpar o rosto do mais velho, fico olhando para suas íris extremamente azuladas, que sintilavam à luz que a TV fazia.

— meu pititinho — digo apertando a bochecha do rapaz maternalmente.

— para sua idiota — ele diz rindo e eu paro, me levantando com dificuldade e começando a caminhar até a cozinha — onde vai? Deaky me falou para não deixar você se levantar!

— só vou buscar uma água — digo dando passos curtos, porém rapidamente Roger aparece na minha frente, tentando me empurrar de leve até o sofá.

— não é para você se levantar! — o loiro diz tentando me conduzir até o sofá.

Não sei se fiz muita força para falar, me mover ou qualquer outra coisa, porém, por algum fator, parei de olhos arregalados para Taylor enquanto sentia um líquido levemente viscoso escorrer por minhas pernas.

— puta merda...

— puta merda! — Roger quase grita e me senta no sofá, correndo até seu telefone fixo.

— Brian! Brian! Você precisa vir aqui na minha casa agora! — ele diz desesperado me olhando gemer baixo a cada contração — sim caramba, eu sei que é 02:00h da manhã, mas é urgente! A bolsa de Emma estourou e eu estou sem carro para leva-lá até o hospital!!

Após alguns minutos que pareceram milênios, Brian aparece ofegante e de pijama no apartamento. Roger e ele me conduzem até o carro de Brian e lá estava
Chrissie Mullen, noiva de Brian. A garota de aparência jovem me olhava desesperada enquanto me confortava o caminho todo, me ajudando na respiração e me acalmando.

— onde caralhos o John está!? — Brian diz nervoso. Ele realmente estava desesperado com a situação.

— a mãe dele estava precisando de ajuda e ele foi passar o final de semana na casa dos pais, deixando Emma sob minha conta — Roger diz e Brian chega no quarteirão do hospital — eu já avisei ele, então ele deve chegar dentro de algumas horas.

Após entrar no hospital e ir até o pronto-socorro, enfermeiras me guiam até uma maca de rodas e eu sou encaminhada até um quarto que meu plano de saúde cobria. Depois de umas duas horas em trabalho de parto, John entra esbaforido no quarto e me dá um beijo rápido assim que chega perto de mim.

— agora que o pai chegou, poderíamos iniciar o parto conduzido? — a enfermeira com uma roupa rosa diz com uma prancheta na mão.

— POR FAVOR — grito e mais uma contração faz eu me contorcer.

Um pequeno grupo de médicos do bloco obstétrico aparecem e me encaminham até uma sala específica para tal situação. Não sei quantos remédios me deram, mas tudo em minha volta girava enquanto vários rastros de suor escorriam por meu rosto e pescoço. Assim que um "médico chefe" entra na sala colocando suas luvas, John aparece atrás do homem alto também parecendo um médico. Ao me ver, Deaky tem um mini desmaio, me fazendo gargalhar e em seguida gritar, ouvindo uma enfermeira gritar "faça mais força!".

𝐿𝐼𝐹𝐸 𝐻𝐴𝑉𝐸 𝐽𝑈𝑆𝑇 𝐵𝐸𝐺𝑈𝑁 || ʲᵒʰⁿ ᵈᵉᵃᶜᵒⁿOnde histórias criam vida. Descubra agora