Como Treinar O Seu Coração - Minsung.

Capítulo 22 _ Elos pt.1

Levou mais ou menos uma hora até que todos estivessem reunidos. Nos juntamos na praça, aqueles vikings estavam bem cansados. Por mais que não tenha sido uma batalha tão longa assim, fora bem desgastante e rendeu várias novas cicatrizes. Wooyoung, como guardião dos menores, foi buscá-los no esconderijo, talvez demorasse um pouco uma vez que seguiu a pé... Felix, Seungmin e eu ficamos juntos da tia Nayeon tentando processar a informação que não tínhamos mais a tia Chaeryeong com a gente. Han também ficou conosco, desde o momento que soubera do acontecido, não saindo do meu lado nem por um segundo.

- Seu irmão deve estar preocupado e assustado, Han... Não acha melhor ir buscá-lo? E Jinsik também! - Minho falava forçando não fungar tanto, tentando passar estabilidade.

- Eles estarão aqui em breve... Sei que estão bem. E assim que chegarem, saberão que estou também... Mas... - parando para puxar a mão alheia; entrelaçando seus dedos - você não está! Precisa mais de mim agora.

- ... - lágrimas voltaram a deslizar em seu rosto. E um breve sorriso grato se desenhou em seus lábios.

- Somos amigos, não? Amigos se ajudam...

Uma pequena memória se fez presente na mente de Jisung. Quando Minho fora atencioso de levar cobertores e checar se precisavam de algo, isso na primeira noite em Berk. Estava conversando com Taeyong, mas notara quando um sujeito desconhecido se aproximara do irmão. Mais tarde descobrindo de quem se tratava. Lembrando agora, achara fofo, e agora era ele quem precisava de ajuda.

Os demais jovens, quando chegaram, mal esperaram os dragões terminarem de pousar para saltarem correndo em direção de suas famílias. Ou, ao menos quem tinha uma.

Assim que Jooyeon e Yechan se aproximaram de nós, eu não consegui olhar pra eles. Aquela horrível visão voltava na minha cabeça, não queria assistir eles recebendo a notícia... me distanciei um pouco. Na verdade, tia Nayeon não conseguiu dizer uma única palavra, a voz dela vacilou em todas as vezes que tentou... e terminou com nem precisando começar. Jooyeon, sendo um pouco mais velho, entendeu de imediato, ficando em prantos na mesma hora.

- Tia, cadê minha mãe?? - o pequeno de cabelos avermelhados questionava confuso. - Cadê a mamãe?? Ela tá muito ferida?? Onde ela tá??

Conforme o choro aumentou, Yechan insistia com as perguntas, cada vez mais nervoso. Demorou bastante até considerar a ideia de que ela não estaria em nenhum lugar. E quando isso aconteceu, naturalmente, entrou em estado de negação.

Eu disse que não queria ver, e também não me senti no direito de sofrer junto com eles. Apesar de ter cuidado de mim como uma mãe, não era minha de fato. Então só continuei a me distanciar até me encontrar em um lugar bem longe dali.

- Espere, Lino! Está andando rápido!

- Vá cuidar do seu irmão. Eu estou bem. Não precisa se preocupar - marchando ainda mais rápido.

- Ele está com a tia Mina. E me viu quando chegou... Não vou deixar você sozinho!

- Já disse que estou melhor! - virando-se. - Eu só preciso ficar sozinho, ta bo..? - sendo abraçado.

- ... É o que sempre dizemos... Mas... eu sei que no fundo, o que queremos de verdade é um abraço e um ombro pra chorar - o apertando mais contra o corpo. - Eu posso ser o seu, se quiser!

Eu quis rejeitar nos primeiros segundos, por diversos motivos. Porém, ele tinha toda a razão. E o que mais me deixou confortável para retribuir o abraço e desaguar no mesmo instante, foi porque era ele quem estava me oferecendo. Ser Han Jisung fazia muita diferença pra mim. Mas ainda assim, não entendo o porquê de estar fazendo isso por mim. Afinal, eu significo alguma coisa ou não? Han não é do tipo que perde tempo enrolando os outros e muito menos escondendo o que sente ou pensa, mas ultimamente tem sido tão difícil decifrá-lo.