Monkey D. Luffy é um bombeiro renomado que se mudou para Tóquio com sua adorável filha, Emi. Dentre tantos rostos conhecidos por Luffy que o saudaram após anos longe de sua cidade natal, um em especial desperta a sua atenção: a linda professora de E...
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A mansão dos Nefertari era gigante e encontrava-se em uma área mais afastada da cidade. Ela possuía dois belos quintais, o da entrada e dos fundos, que eram cobertos por flores e árvores das mais diversas espécies, já no interior existiam incontáveis móveis e salas inúteis, segundo Emi. No final de contas este era um local que a pequena criança sentia-se completamente desconfortável, visto que se tratava de uma realidade divergente da sua, entretanto a única coisa que lhe chamou a atenção foi o pato de estimação de Vivi, Karoo, o qual brincava sempre que o encontrava.
Passar o final de semana naquele casarão trouxe profusos questionamentos sobre a antiga relação de seu pai com uma mulher igual Nefertari Vivi: arrogante e soberba; características que jamais atrairiam a atenção de Luffy dado a oposição de seus caracteres mais do que aparente, constituindo em um relacionamento, no mínimo, bizarro. Talvez eu pergunte ao papai quando eu voltar para casa, pensou Emi caminhando pelos extensos corredores da residência.
Tendo em vista o horário, era passível de se concluir que o almoço se encerrara há um tempo e isso justificava o passeio que Emi fazia para encontrar seu quarto temporário. Ela queria pegar seu macaquinho de pelúcia para brincar no quintal com Karoo até tarde, no entanto se perdeu após dobrar algumas passagens e no momento apenas almejava se trancar em seus aposentos e jogar por ali. Em contrapartida, de súbito, uma voz preencheu o silêncio que pairava pelo lugar, chamando a atenção da morena, que não pensou duas vezes antes de se dirigir a sala que saía o som. Não entrou em primeira instância, e por esse motivo, resolveu escutar o que estava sendo dito; portanto, agachou atrás da porta.
— 33% é uma boa porcentagem e se eu não conseguir vou seguir o plano A — disse Vivi ao telefone. — Mas preciso que você passe isso adiante o mais rápido possível, papai vai logo se aposentar e vou perder uma boa grana com isso e você não vai ser bem remunerado... Eu entendo e isso não vai ser um problema e... É óbvio que sim! Meu pai amou a pirralha, com certeza não vai se importar de cuidá-la e o Luffy não precisa saber que ela não vai estar comigo, só preciso fazer ela gostar de morar aqui e pronto.
Embora não entendesse nada do que Vivi profetava ao telefone, Emi não pôde deixar de sentir uma vertigem a assolar, aquela mulher a queria por perto para usufruir do dinheiro que seu pai a daria? Ela seria um tipo de moeda de troca? Uma mercadoria ou um objeto sem valor emocional? Contendo a imensa vontade de chorar, a garotinha abriu a porta da sala e adentrou com uma expressão tristonha. Vivi, que ainda estava em ligação com seu advogado, suprimiu um revirar de olhos diante da cena e limitou-se a suspirar.
— Te ligo depois, surgiu um imprevisto — Vivi desligou o celular e forçou um sorriso à filha. — O que houve, meu amor?
— Quero ir embora.
— Querida, ainda é sábado e você só volta no domingo — respondeu com falsa amabilidade.
— Eu ouvi o que você disse agorinha — contou surpreendendo Vivi que arregalou os olhos —, eu quero ir para casa e ficar longe de você.