Passaram-se duas semanas e Adam ainda estava suspenso, decidi então não ir à escola por um tempo. O dia se passou tranquilamente, enquanto Adam saiu com os garotos para algum lugar, me deixando sozinha em casa.
Caminho até a sala enquanto degusto alguns cookies que peguei na cozinha minutos atrás. Chego ao sofá e me estico preguiçosamente, sentindo a exaustão do dia. Já eram cerca de 19:50 da noite e eu já havia tomado banho e vestido meu pijama de gatinho.
A campainha tocou, mas a ignorei, provavelmente apenas crianças brincando com as campainhas da rua. Porém, ela continuou tocando de forma persistente e eu já não conseguia suportar aquele barulho. Irritada com a insistência, peguei o interfone e gritei:
- DÁ PARA PARAR DE TOCAR ESSA MERDA? - gritei, esperando que as crianças se assustassem e fossem embora.
- Saky, pensei que nunca mais fosse me atender.
A resposta veio do outro lado da linha do interfone, era a voz de Ino.
Desliguei o interfone e fui em direção à entrada da minha enorme e vazia casa, curiosa sobre o que aquela doida estava fazendo ali a essa hora.
- Teria sido mais fácil se você tivesse me ligado, não acha?
Comentei, dando passagem para que Ino e Hinata entrassem.
- Era para ser uma surpresa.
- Desculpa, Saky, eu pedi para ela parar de tocar tantas vezes. - explicou-se Hinata.
- Tudo bem, mas o que vocês vieram fazer aqui?
- Te tirar da Bad, é claro.
- Hum, eu não estou na Bad.
Voltei para a sala, seguida por elas.
- E o que vamos fazer então? - perguntei.
Teria sido melhor se eu não tivesse feito aquela pergunta, pois o grande sorriso no rosto de Ino revelava suas intenções travessas e nada decentes. Ela tirou várias garrafas de bebidas de sua bolsa, incluindo uísque, vodka e outras variedades. O brilho nos olhos dela deixava claro que ela não aceitaria nada menos do que nós três caindo de bêbadas.
Bem, talvez eu beba, ou talvez não... A ideia de beber não parecia tão ruim, mas eu teria que voltar à escola no dia seguinte. A voz da responsabilidade me dizia que beber em uma terça-feira era um sinal de decadência. No entanto, o desejo de me deixar levar pela aventura, de sentir a adrenalina da noite e a liberdade momentânea, se sobrepôs a qualquer preocupação. Aceitei a garrafa que Ino estendia para mim, meu coração acelerando com inquietação, e sorri para ela enquanto pegava a garrafa de sua mão.
Aceitei a bebida que Ino me ofereceu e dei um gole, sentindo o líquido queimar levemente minha garganta. Hinata também pegou uma bebida e hesitou por um momento antes de virar tudo de uma vez. Ino, começou a tirar a roupa, revelando seu biquíni azul. Ela riu enquanto virava o litro de bebida de uma só vez, desafiando Hinata a fazer o mesmo.
Ino saiu correndo em direção à piscina e eu puxei Hinata pela mão enquanto corria tentando seguir ritmo da loira maluca na minha frente.
Ao chegarmos na área da piscina, dei de cara com ela, prestes a protagonizar um espetáculo de saltos digno do circo! Com um olhar decidido, ela subiu no deck da piscina, acenando para a plateia imaginária (ou seja, nós) como se fosse uma verdadeira acrobata do riso. E então, sem mais cerimônias, ela pulou!
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Nada é clichê
Lãng mạnSou líder de torcida, vice-presidente do Grêmio estudantil, uma tremenda gostosa, devo dizer. Muitos me chamam de puta, acham que vão me ofender me apelidando assim? Fala sério, eu esperava mais criatividade vinda desses espermatozóides mau formados...