Borboletas & Você (Jikook)

12 ~ Fim do Pesadelo 🦋🌙

⚠️ATENÇÃO PARA CONTEÚDO SENSÍVEL⚠️

Assédio
Chantagem emocional
Sangue
Menção à morte

O parágrafo onde o assunto será mais abordado, será marcado pelo emoji "❗️❗️❗️"

Por favor, não ultrapassem seus próprios limites.

Fiquem com a leitura.

🌙🦋

Narrador

Quem visse aquele corpo tão frágil e minúsculo encolhido naquela cama, sentiria imensa pena.

O garoto de quinze anos havia perdido toda sua virilidade.

Jimin era um adolescente saudável, corado, feliz e tinha energia semelhante à um corcel selvagem.

Tiraram isso dele. Arrancaram a inocência e felicidade de Park Jimin de uma maneira rude e desumana.

Há dias vinha tirando fotos de seu corpo e enviando à Bonhwa. O rapaz pedia quase que diariamente, e em alguns casos, mais de uma vez.

Jimin já não podia olhar para o próprio corpo sem sentir nojo de si mesmo e acabar vomitando tudo o que comia, e com tudo, quero dizer nada.

Estava magro, perdeu alguns quilos por não estar se alimentando direito. Era questão de tempo até realmente ficar doente fisicamente, e no fundo torcia por isso, porque talvez assim fosse internado e ficaria longe de todo aquele tormento.

Não sabia que horas eram, mas sabia que seu pai não demoraria à chegar da viagem, e isso o assustava, Seokjin notaria que algo estava errado, e de maneira alguma queria contar para ele. Não podia, era vergonhoso demais.

Se encolheu ainda mais na cama quando a tela de seu celular acendeu com uma mensagem, sabia quem era, e desejava que pelo menos por hoje ele o deixasse em paz. Só um dia.

Aos poucos as pessoas notavam que o Park estava se comportando estranho. Faltava mais do que ia às aulas, mal falava com seus amigos, não cuidava mais do seu jardim, pois não tinha forças para isso, as aulas de dança então, jamais poderia sequer pensar em pisar os pés naquele lugar, seu corpo o traíria no primeiro movimento que fizesse.

Jimin era uma casca vazia, um lápide do que foi aquele menino cheio de vida.

O barulho conhecido do carro na frente de casa não foi o bastante para que se movesse, pelo contrário, preferiu estar morto do que encarar seu pai.

Em alguns minutos, batidas na porta foram ouvidas e a voz doce de Jin soou por esta:

- Borboletinha? Está aí? - Mais batidas. - Papai chegou, filho.

"Por favor, não entre aqui." Clamava mentalmente.

Quando a porta se abriu, Jimin fechou os olhos na esperança de que Seokjin pensasse que estava dormindo.

- Minnie? - A voz mais baixa estava próxima agora.

Jin sabia que o filho ficou doente enquanto estava fora, e quase cancelou todos seus compromissos por causa disso, o próprio Jimin o impediu, dizendo que não era nada além de uma gripe um pouco forte.

Colocou suavemente a mão na testa do menino que estava deitado de olhos fechados, de costas para si. Jimin estava queimando.

- Deus... - Seokjin murmurou. - Filho, acorda.