A NOITE CONTINUA
(temporada 1, episódio 1)Deitada na cama de uma das beliches das salas de plantão com Izzie na cama de cima. As duas internas tentavam descobrir algo para desvendar o caso de Katie Bryce.
— Você dormiu com o Dr. Shepherd? — Izzie perguntou do nada, fazendo Lily soltar uma gargalhada.
— Por que você perguntaria isso, maluca?
— Eu vi vocês trocando um sorriso durante a reunião na sala de conferências e Meredith também me contou do jeito que vocês interagiram noite passada — explicou. — Vocês parecem se conhecer.
— Eu conheci Shepherd oito anos atrás, quando tinha quatorze anos. Eu morava em Nova York e estava estudando em Juilliard e ele trabalhava no hospital de lá. Sofri um acidente e ele me salvou — suspirou. — Alguns meses depois minha mãe precisava fazer uma cirurgia e passou muito tempo no hospital internada. Como eu sempre ia visitá-la e ele era o seu médico, a gente sempre se encontrava. Na verdade, Derek foi um grande incentivador para eu fazer faculdade de medicina.
— Então vocês nunca...?
— Não, Izzie, meu Deus, que nojo! Ele me conheceu quando eu tinha quatorze anos.
— Desculpa, desculpa — ela pediu rindo. — O que você fazia em Juilliard?
— Balé.
— Por que você parou?
— Por causa do acidente.
— Sinto muito.
Um silêncio reconfortante preencheu o quarto mais uma vez, mas para Lily, era uma presença opressiva. O silêncio era um tormento, ampliando o peso de suas angústias e solidão. O silêncio a sufocava, mergulhando-a em um mar de lembranças dolorosas. Era um lembrete constante do acidente que despedaçara seu sonho de se tornar bailarina, das garotas cruéis que quase lhe roubaram a vida. Fazia-a reviver a dor da rejeição por parte de sua mãe e irmã mais velha, que a culpavam pelo assassinato de seu irmão e pela prisão perpétua de seu pai. O silêncio ecoava com as memórias de seu irmão Rys, que se distanciou da família por sua causa e lutava com sérios problemas de raiva. E então, havia aquela noite fatídica, onde tudo mudou, onde uma simples mensagem no celular revelou uma traição devastadora por parte de quem ela pensava que a amava.
"Essa vadia de merda acha que é muito boa para eu foder! Alguém quer um gosto da vadia holandesa? Venham para o meu quarto e nós vamos nos revezar. Campainhas não são necessárias! Eu vou deixar a porta destrancada."
O silêncio também a levava a refletir sobre a injustiça e suas consequências avassaladoras. Era uma recordação dolorosa de como as pessoas que ela mais amava foram forçadas a buscar justiça por conta própria, pagando um preço alto em sangue e liberdade. A injustiça era um fardo insuportável, deixando cicatrizes profundas em sua alma e naqueles ao seu redor.
— Lembro de uma garota que estudava balé comigo em Juilliard. Ela era uma das melhores. Depois de um pequeno acidente, ela começou a ter convulsões e... — algo pareceu clarear em sua mente. — Aí meu Deus, Izzie!
— O que foi? — perguntou a loira mais velha assustada com a súbita mudança de humor de sua amiga.
— Ginástica rítmica! Izzie, ela faz ginástica rítmica! — a loira mais nova respondeu enquanto pulava e ria animada.
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Invisible String, mark sloan
Fanfiction╔ ⋆ 𝐈𝐍𝐕𝐈𝐒𝐈𝐁𝐋𝐄 𝐒𝐓𝐑𝐈𝐍𝐆 * ˚ ✦ ╝ 𝘨𝘳𝘦𝘺𝘴 𝘢𝘯𝘢𝘵𝘰𝘮𝘺 𝘧𝘢𝘯𝘧𝘪𝘤! Lilith Hennessy não tinha defeitos, ela era perfeita. Ou, pelo menos, era isso que as pessoas de fora pensavam. Ela conheceu o mal que se espreitava...