CLUBE DOS CORAÇÕES PARTIDOS
(temporada 2, episódio 19)
Lily estava sentada no sofá do apartamento, o ambiente ao seu redor parecia um reflexo da confusão que se desenrolava dentro dela. A luz suave do abajur lançava sombras longas e tristes nas paredes, criando um cenário que parecia quase um luto antecipado. Ela havia passado horas preparando uma pequena surpresa para George, na esperança de que pudesse aplacar a dor que havia causado com sua última discussão.
Sobre a mesa de jantar, tinha uma caixa embrulhada com papel azul e um laço dourado estava cuidadosamente posicionada, uma pequena promessa de reconciliação. O som do tic-tac do relógio na parede parecia marcar o compasso de seus pensamentos inquietos. Lily levantou-se e andou nervosamente pelo apartamento, tentando ignorar a dor que a acompanhava.
Ela tinha colocado todo o seu coração na surpresa, um gesto desesperado para mostrar o quanto George significava para ela. Dentro da caixa estava uma carta e uma pequena caixa de música, a mesma que os dois haviam visto juntos em uma loja há meses e que ela tinha comprado para seu aniversário de namoro, uma lembrança de um momento mais feliz, mais simples.
O som da chave na fechadura interrompeu seus pensamentos, e Lily sentiu uma onda de esperança misturada com ansiedade. George entrou no apartamento, parecendo exausto e abatido. Ele se deteve ao ver a caixa na mesa e então olhou para Lily, sua expressão uma máscara de emoções conflitantes.
— George, eu... — Lily começou, tentando manter a voz firme, mas as palavras saíram tremendo. — Olha, eu preciso te pedir desculpas — começou ela, a voz trêmula e cheia de arrependimento. — Às vezes, eu realmente te deixo de lado quando estou com meus amigos, e hoje foi um exemplo claro disso. Passei o dia inteiro com Mark, mesmo sabendo que ele estava flertando comigo. Eu vi o jeito como ele olhava para mim, e, mesmo assim, continuei ali, como se nada estivesse acontecendo — ela pausou, os olhos se enchendo de lágrimas. — Eu entendo se você está chateado ou magoado. Eu só... espero que possa me perdoar e me dar uma chance de mostrar que posso ser melhor, que posso te valorizar do jeito que você merece — ela olhou diretamente para ele, com uma sinceridade que tentava atravessar a dor e a confusão que haviam criado entre eles. — Sei que isso não é o suficiente, mas eu queria te mostrar o quanto você significa para mim.
Ela estendeu a caixa para ele, o coração batendo descontroladamente no peito. George pegou a caixa, mas sua expressão era grave. Ele hesitou, e então, com um peso visível nos ombros, virou-se para ela.
— Lily, antes de abrir isso... — sua voz estava carregada de um desespero triste, quase suplicante. — Preciso te contar algo, e eu não sei se você vai me perdoar.
— O que aconteceu, George?
Ele olhou para o chão, o peso de suas palavras quase o afundando. A vergonha e a culpa eram palpáveis em sua voz, cada palavra carregando o fardo de seu erro.
— Eu... eu te traí... com a Meredith — revelou, a voz falhando enquanto ele lutava para enfrentar o olhar da garota. — Não foi exatamente uma traição completa... eu... eu a beijei, mas ela me parou na mesma hora. Se ela não tivesse me interrompido, não posso garantir que teria parado — ele engoliu em seco, a expressão no rosto refletindo um misto de desespero e arrependimento. — Eu sinto um peso enorme por isso. A ideia de ter te magoado, de ter te feito sofrer por causa de um erro meu, é devastadora. Eu nunca quis que chegássemos a isso. Eu... eu deveria ter sido mais forte, mais honesto. Eu falhei com você, e o peso disso está me esmagando. — ele levantou a cabeça, seus olhos buscando um vislumbre de compreensão ou perdão, mas ao mesmo tempo temendo a rejeição. — Eu entendo se você não conseguir me perdoar. Não mereço que me perdoe, mas só queria que soubesse a verdade, toda a verdade. Não quero mais esconder nada de você, mesmo que isso signifique encarar o que eu fiz e a dor que causei.
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Invisible String, mark sloan
Fanfic╔ ⋆ 𝐈𝐍𝐕𝐈𝐒𝐈𝐁𝐋𝐄 𝐒𝐓𝐑𝐈𝐍𝐆 * ˚ ✦ ╝ 𝘨𝘳𝘦𝘺𝘴 𝘢𝘯𝘢𝘵𝘰𝘮𝘺 𝘧𝘢𝘯𝘧𝘪𝘤! Lilith Hennessy não tinha defeitos, ela era perfeita. Ou, pelo menos, era isso que as pessoas de fora pensavam. Ela conheceu o mal que se espreitava...