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CURANDO CORAÇÕES DESPEDAÇADOS


(temporada 3, episódio 1)

Após alguns dias sob rigorosa observação médica no hospital, Lily finalmente obteve a tão aguardada alta. No entanto, o retorno ao trabalho ainda se mostrava distante e incerto. Meredith, profundamente inquieta com a condição da amiga, impôs que Lily passasse o período de licença em sua própria residência, onde poderia receber o devido cuidado e monitoramento. Cristina e Alex prontamente se uniram a ela, oferecendo sua assistência na recuperação da jovem e na supervisão de seu ombro debilitado. O ombro de Lily ainda estava dolorido e sensível, uma lembrança constante da dor que havia passado. Ela estava em contagem regressiva desde que recebeu alta do hospital, ansiosa para retomar sua vida, a rotina de descansar na cama e cozinhar estava começando a deixá-la inquieta

Embora Lily temesse que George pudesse enxergar tal arranjo como um problema, ele surpreendeu a todos ao se posicionar como o primeiro a apoiar a decisão. Afinal, a amizade entre eles havia amadurecido e solidificado, tornando-se uma base sólida para a compreensão e o apoio mútuo. Sem falar que agora, o recente término, parecia irrelevante diante da gravidade do que ela havia enfrentado. A experiência de quase morte havia reordenado suas prioridades, e agora um término de relacionamento estava longe de ser a sua maior preocupação.

Agora o grupo de internos encarava a porta do banheiro onde sua amiga tinha se trancado.

— Izzie, vamos! — Alex chamou com uma urgência que refletia a preocupação coletiva do grupo.

— Ok, ela esteve lá a noite toda, temos que fazer alguma coisa — George respondeu, a frustração e a ansiedade transparecendo em sua voz.

— Sim — todos os estagiários concordaram, com Lily fechando os olhos enquanto pensava na situação.

— Por que todos vocês estão olhando para nós? — Meredith reclamou.

Lily abriu os olhos para encontrar seus amigos observando-as com um olhar fixo.

— Bem, este é um território familiar para vocês duas. — Cristina explicou, levantando uma sobrancelha.

— Não há nada de familiar sobre isso, Denny morreu, o homem que ela amava morreu — disse Mer.

— E por que nós duas? Por que eu? Só por que eu levei um tiro? — Lily respondeu, sua voz aguda revelando um tom de defensiva.

— Isso e a mãe esquizofrênica, o pai preso, o irmão assassinado e as bailarinas raivosas te espancando — Cristina explicou, fazendo Lily a olhar chocada. — Isso te faz sombria e tortuosa.

— Sombria e tortuosa? — Meredith reclamou.

— A mãe com Alzheimer e o pai com quem você não fala — Cristina explicou, sua expressão séria.

— E a coisa da tequila e homens inapropriados — completou Alex.

— Vocês são sombrias e tortuosas por dentro, meninas, e agora Izzie também — George observou.

— Então agora, de repente, eu e Lily somos as presidente de pessoas com vidas ruins? — Meredith questionou, claramente irritada.

— Nós precisamos fazer alguma coisa. Eu... Eu vou lá. — George decidiu, seu tom de voz determinando a urgência da situação.

 — George decidiu, seu tom de voz determinando a urgência da situação

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