Sentimentos complicados

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Aziraphale havia combinado um encontro casual na loja de Maggie. Quando chegou lá, Maggie já estava esperando por eles em uma das mesas, com um sorriso  no rosto.

- Aziraphale, que bom te ver! E você trouxe o seu namorado.

- Maggie, este é Crowley. Ele é meu namorado.- Falou Aziraphale, sorrindo.

- Prazer em conhecê-la, Maggie. Aziraphale fala muito sobre você.

- O prazer é meu, Crowley. Aziraphale não para de falar de você também. Ele me disse que você gosta de discos de vinil.

- Ah, sim! Tenho uma coleção própria e vou em lojas de discos antigos em busca de raridades.

A conversa continuou de maneira descontraída, e todos riram e compartilharam histórias.

***



Os sentimentos de Gabriel eram complicados. Não conseguia tirar o Crowley da cabeça desde o dia em que o conheceu.

Ele carregava o fardo de estar interessado em Crowley, o namorado de seu  irmão Aziraphale, que também era o favorito da família. Esse sentimento o consumia, e ele se via  dividido entre seu desejo e a moralidade que o impedia de agir de acordo com seus sentimentos.

Gabriel sentia uma profunda inveja de Aziraphale por conquistar o coração de Crowley. Essa inveja se transformava em ciúmes quando via o casal feliz. Gabriel se perguntou por que não poderia ter a mesma felicidade, e esse sentimento o levou a tentar separá-los.

Um dia, durante uma visita à livraria, Gabriel debochou  de Aziraphale por comer tantos doces, provocando-o como de costume. Crowley, que estava no balcão, não conseguiu evitar ouvir a discussão.

- Aziraphale, você realmente deveria considerar uma dieta. Isso faria um bem tremendo à sua saúde.

- Bem, Gabriel, eu gosto das pequenas coisas da vida, como bolos e livros antigos.

- Ei, não se preocupe com ele, Aziraphale. Você é perfeito do jeito que é.- Falou Crowley, irritado pelo comentário de Gabriel.

Aziraphale ficou feliz  com o apoio de Crowley, e Gabriel percebeu que sua tentativa de semear a discórdia havia falhado.


***


Em um entardecer, eles decidiram fazer um piquenique no parque.

Os dois caminharam um pouco e, depois, Aziraphale sentou na grama, arrumando os sanduíches, quando Crowley se aproximou.

- Está tudo pronto?

- Sim, está tudo aqui. E eu trouxe alguns dos meus livros favoritos também.- Falou Aziraphale.

- Você sempre pensa em tudo.- Falou Crowley, enquanto se sentava ao lado de Aziraphale.

- Bem, eu gosto de estar preparado.

Eles ficaram conversando sobre várias coisas. Um tempo depois, Crowley deitou-se na grama, olhando para o céu.

- O que você está olhando?- Falou Aziraphale, enquanto deitava ao lado de Crowley.

-  As estrelas. Sempre me fascinaram. São como pequenos pontos de luz em meio à escuridão.

- São realmente lindas. Mas sabe, às vezes eu me sinto como uma estrela solitária, perdida no meio de tantas outras. Sempre me senti um pouco... fora de lugar.

- Aziraphale, você não está sozinho. Você é especial e único, assim como cada uma dessas estrelas. E eu estou aqui com você, não importa o que aconteça.

Aziraphale  se aproximou de Crowley e o beijou suavemente. O beijo logo se aprofundou, tornando-se mais intenso e apaixonado. Suas mãos exploravam os contornos um do outro, cada toque carregado de desejo.

Os lábios de Crowley deixaram os lábios de Aziraphale e passaram a trilhar um caminho suave por sua mandíbula, até o pescoço. Aziraphale soltou um suspiro involuntário, sentindo um arrepio percorrer sua espinha.

- Crowley...

As mãos de Crowley acariciavam as costas de Aziraphale. Ele continuava a beijar e explorar o pescoço de Aziraphale.

- Crowley, nós... nós não devemos fazer isso aqui. Aqui é um lugar público.

Crowley se afastou, olhando para Aziraphale com olhos cheios de desejo.

- Então, o que acha de irmos embora? No momento, eu só consigo pensar no quanto eu desejo o seu corpo.

Obrigada por ler😉

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