A livraria- Ineffable husbands

O beijo

Aziraphale e Crowley combinaram de se encontrar no restaurante Ritz. 

Quando Aziraphale chegou, logo avistou Crowley. Ele estava usando um terno elegante. Aziraphale não conseguiu conter o sorriso.

- Olá, Aziraphale.Você está incrível esta noite.- Falou Crowley.

Aziraphale corou levemente e respondeu:

- Obrigado, Crowley. Seu terno é bem elegante .

Os dois sentaram-se à mesa e fizeram seus pedidos. Enquanto esperavam a comida chegar, Aziraphale puxou assunto:

- E  você gosta desse tipo de música, Crowley?

    -   Bem, tenho uma coleção de discos de vinil em casa. Gosto muito de rock clássico, algumas bandas dos anos 70 e 80. Especialmente de Queen.- Respondeu Crowley.

- Interessante, eu sou mais influenciado pela música clássica. Chopin, Beethoven... esses são os meus favoritos.- Falou Aziraphale, com um sorriso no rosto.

Eles continuaram conversando por um tempo. Depois, eles jantaram, conversaram mais um pouco e saíram de lá.

- Você veio de carro?- Perguntou Crowley.

- Eu vim de táxi.

- Quer uma carona? Posso te levar pra sua casa?- Falou Crowley enquanto abria a porta de seu bentley.

Aziraphale assentiu com a cabeça. Os dois entraram no carro e Crowley dirigiu, enquanto Aziraphale explicava como chegar até a sua casa.

Quando eles chegaram na frente da casa de Aziraphale, ele disse:

- Foi uma noite muito boa, Crowley.

-Fico feliz que tenha gostado.

Aziraphale beijou, com ternura, a bochecha de Crowley.

- Boa noite, Crowley. - Falou Aziraphale enquanto saía do carro.

***

Alguns dias depois do encontro no Ritz, Crowley e Aziraphale marcaram de ir jantar lá novamente.

Eles sentaram-se à mesa e fizeram seus pedidos. Conversaram um pouco, enquanto saboreavam a comida.

Depois, eles saíram do restaurante e Crowley disse:

- Vou te levar pra casa, ok?

Os dois entraram no carro.

- Depois que eu te deixar na sua casa, vou comprar bebida e encher a cara. Essa semana tem sido muito estressante.- Falou Crowley, suspirando.

-  Eu entendo, nem sempre as coisas são fáceis. Mas, se você quiser, eu tenho vinho em casa. Podemos beber juntos.

- Claro, é uma boa ideia.

Eles chegaram na frente da casa de Aziraphale. Saíram do carro e entraram lá.

Aziraphale pegou uma garrafa de vinho e duas taças. Ele serviu as taças e os dois se sentaram no sofá.

Aziraphale bebeu só meia taça de vinho, já Crowley bebeu a garrafa toda.

- Aziraphale, você é tão lindo.- Falou Crowley.

-  Ah, Crowley...- Falou Aziraphale, sorrindo para ele.

Enquanto conversavam, Crowley sentiu um nervosismo  crescendo dentro de si. Ele olhou para os lábios de Aziraphale.

- Aziraphale, eu...

Sem mais palavras, Crowley se aproximou lentamente dele. Seus lábios finalmente se encontraram em um beijo lento e gentil.

Ele se afastou de Aziraphale com uma expressão preocupada.

Aziraphale observou, preocupado, enquanto Crowley se afastava rapidamente e corria para o banheiro e começou a vomitar. Aziraphale se aproximou dele, colocando uma mão em suas costas.

- Você está bem?- Perguntou Aziraphale, preocupado.

Crowley assentiu fracamente, ainda lidando com a náusea. Ele olhou para Aziraphale com um sorriso envergonhado:

Desculpe por isso. Acho que... exagerei na bebida.

Aziraphale sorriu gentilmente:

-Não se preocupe. Isso pode acontecer com todo mundo. Vamos, eu vou te acompanhar até a cama. Precisa descansar um pouco.

Aziraphale ajudou Crowley a ir até o quarto e o ajudou a se deitar. Colocou um balde ao lado da cama, caso ele precisasse vomitar novamente.

- Você é incrível, sabia?- Falou Crowley, sorrindo para ele.

- Obrigado, Crowley. Apenas quero que você fique bem.

Crowley fechou os olhos. Aziraphale permaneceu ao seu lado por um tempo, até que ele finalmente dormiu.

Aziraphale saiu do quarto e fechou a porta com cuidado. Ele se dirigiu à sala de estar e  deitou no sofá, refletindo sobre o que havia acabado de acontecer.

Ele não conseguia parar de pensar no beijo. Aziraphale passou a mão pelos próprios lábios, lembrando-se da sensação do beijo. Ele não conseguia negar que estava apaixonado por Crowley, algo que havia surgido lentamente e agora parecia inevitável.

"Como  alguém como Crowley poderia realmente se interessar por alguém como eu? Ele é tão confiante, tão... atraente. E eu..."- Falou Aziraphale, em pensamento.

Ele suspirou, sabendo que precisava enfrentar esses sentimentos.

"Será que ele vai notar minhas imperfeições?"- Pensava Aziraphale.