Uma estagiária da big hit

Busan

Recebi a  notícia que vamos passar a noite em Busan, o que eu detestei não gosto de dormir longe de casa ainda mais em lugares que não conheço. Mas é a trabalho então tenho que fazer um esforço.

Arrumo minhas coisas e vou encontrar com o Jin na impressa.

–É melhor irmos logo pra você não perder a entrevista –falo pro Jin.

–Você está certa –Jin fecha o porta malas e entra no carro.

A viagem é bem cansativa talvez porque eu já esteja cansada são 2 horas da tarde, Jin irá na entrevista às 3 horas da tarde.

–Chegamos, aqui, essa é a chave do seu quarto –entrego a chave para o Jin.

–Obrigada, e não precisa me acompanhar na entrevista vai ser rápido descanse um pouco deve estar cansada, não aceito não como resposta.

Eu nem ousaria...

–Certo, obrigada

Subo para o meu quarto tomo um banho bem relaxado.

–Nossa era disso que eu estava precisando... –bocejo.

–Acho que vou dormir um pouco

Deito na cama extremamente confortável e acaba caindo no sono e tendo aquele mesmo sonho ou melhor pesadelo...

–ahhhh, me soltaaaa por favor... Não faz isso

–Calma gatinha vai ser rápido prometo –o garoto fala.

–Juro que não vai doer nada, eu e meus amigos somos cavalheiros –ele abaixa as calças e um dos seus amigos me seguram de braço pra cima em quanto o outro tira a minha roupa.

Eu começo a gritar sem parar quando percebo o que vai acontecer.

Então eles começam a me abusar ali naquele beco escuro... De todas as formas possíveis, sinto uma tontura e sangue escorrer pelas minhas pernas já não aguentava mais,  até ouvir a sirene da polícia, e os garotos acabam saindo correndo, o policial me pega no colo e chama uma ambulância.

–Ahhhh –acordo desperada. Calma Nabi foi só um sonho –falo pra mim mesma.

Sempre tenho esse pesadelo todas as noites tem dia que nem durmo, na verdade não é um pesadelo é uma memória.... A minha pior lembrança.

Pego o meu remédio na bolsa e tomo, eu só durmo com esse remédio tomo ele desde os meus 12 anos de idade.

Pego o meu celular e já são 7 horas da noite, vejo uma mensagem do Jin

"Oi, a entrevista terminou tem como nos encontramos as 8 horas pra jantar? Não aceito não como resposta!"

–Acho que esse é o jeito dele –rio da sua mensagem.

Me arrumo porque tenho poucos minutos.

Infelizmente não trouxe nem um vestido ou algo do tipo pra vestir, trouxe só roupa de trabalho mesmo.

Pego minha bolsa e desço.

–Cheguei, esperou muito?

–Claro que não, acabei de chegar também! –Jin fala afastando a cadeira da mesa pra mim sentar.

–Obrigada –ele acente.

Comemos e conversamos um pouco mais nada sobre o passado.

Acabo deixando cair o molho em cima de mim, Jin pega o guardanapo pra me limpar. Mas em um movimento rápido coloco a mão sobre o meu rosto.

Jin

Nabi acaba deixando cair molho em sua roupa então pego um guardanapo pra limpar, porém Nabi se assusta e coloca a mão sobre o seu rosto.

–Ah... Desculpa eu mesmo limpo –ela pega o guardanapo da minha mãe.

Estranho... Ela parece estar com medo de eu tocá-la, parece estar.... traumatizada com algo? Resolvo não perguntar e terminamos nossa refeição. Nabi me agradece e sobe para o seu quarto do hotel.

Nabi

–O Jin deve ter ficado assustado com minha reação, mas é um modo de me defender apesar de não funcionar, mas eu tenho muito medo de qualquer tipo de toque.

Desde de tudo que aconteceu comigo eu detesto toque, principalmente de homens, por isso me visto assim cobrindo tudo pra não chamar atenção,  sempre que eu estou com dor no peito eu furo um pircing é melhor do que me cortar por isso tenho vários, mas só uso pra mim mesma ver, não saio na rua ou no serviço o máximo que eu uso é um par de brincos.

–Pensando em pircing, acho que vou fazer um amanhã já que é minha folga....

Penso mais um pouco e acabo dormindo.

Acordo e já é hora de ir pra casa, arrumo minhas coisas tomo um banho, peço o café no quarto mesmo e desço pra me encontrar com o Jin.

–E aí domiu bem? –Jin pergunta e ele me parece, preocupado...?

–Sim e você?

–Bem também, então vamos.

Entramos no carro.

–Me passa seu endereço, aí já te deixo em casa hoje é sua folga

–Ah, não precisa tenho que pegar meu carro

–Eu deixo pra você amanhã pode ser? Ou talvez mais tarde

–Sendo assim, obrigada, aqui está a chave –entrego a chave do meu carro pra ele.

Ele me deixa em casa, subo arrumo minhas coisas de volta no closet, tomo um banho e penso em ir furar meu pircing mas agora tô com medo, eu tenho medo de agulhas mas quando estou ansiosa ou passo por algo que me  dê gatilho do passado eu acabo indo furar que nem sinto, uma vez tentei furar em casa mas não deu certo.

Resolvo ler um livro East, já li muitas vezes mas nunca me canso da história do girassol e do guitarrista.

A dedicatória já começa assim, por isso eu amo esse livro.