A Guerra nunca foi fácil - parte 2

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- Carol, independentemente de ter tido ajuda no final, você teve a coragem de ficar e lutar, mesmo que isso tirasse sua vida. Eles apareceram lá, só foi um aviso de você estar viva. - disse a comandante, olhando fixamente nos meus olhos. - E vai ser um prazer ter você na nossa equipe até que tudo isso acabe e novamente possamos viver em paz.

Nesse momento, me senti orgulhosa de mim e dos meus companheiros.

- Muito obrigada, comandante. Eu não sei nem como agradecer. Vou sempre dar o meu melhor para que todos da nossa equipe voltem com vida para a base e suas famílias.
...

Levantamos e saímos juntas pela sala. Ela disse que iria subir para uma reunião e logo, à noite, voltava. Aproveitei e fui procurar o André. Desde o hospital, não havíamos conversado direito.
Procurei por ele na base e o encontrei deitado em sua cama, sozinho, lendo um livro. Não pude deixar de reparar o quanto ele estava lindo. Fiquei um tempo observando-o, e ele logo sentiu minha presença e, ao me ver, levantou sorrindo.

- Olha só quem apareceu. Já estava com saudades em. - disse enquanto sorria.
Caminhei com um pouco de dificuldade até ele e me sentei ao seu lado.

- Vim ver como você estava. Desde o hospital, não conseguimos falar um com o outro. A única coisa que me lembro direito daquele dia foi de você comigo. - disse, olhando para a frente, mas sentia seus olhos em mim.

- Fiquei preocupado com você. Quando te vi sentada sangrando, eu fiquei assustado e, por um momento, achei que podia te perder. - Nesse momento, nós nos olhamos, e senti o ar de preocupação.

Naquele momento, senti algo estranho passando pelo meu corpo. Como assim ele não queria me perder? Será que eu estava entendendo algo errado? Não queria criar nada na minha cabeça. Por um instante, nem percebi, mas acabei falando:

- Eu também não queria ficar longe de você. Quando acordei e te vi ao meu lado, fiquei feliz que você estava ali. - Disse, tentando evitar olhar para ele. - Acho que não queria que fosse mais ninguém ali, só você...

Após dizer isso, levantei meu rosto e vi que ele estava me olhando. Nesse momento, nossos olhos se encontraram, e ficamos ali olhando um para o outro até que vi a mão dele vindo na minha direção. Assim que senti o toque dele, senti um arrepio no corpo todo. Ele lentamente pegou meu cabelo e colocou para trás, vindo em minha direção. Nesse momento, eu já não estava nem conseguindo respirar direito. Só queria sentir os lábios dele nos meus...

- Ei pessoal, vamos sair para aproveitar a folga.

Anderson entrou no quarto, e antes que conseguíssemos fazer qualquer coisa, logo nos afastamos. Senti meu rosto queimar de vergonha, e no fundo senti raiva por não ter conseguido o que eu queria naquele momento.

- Ei... Anderson... vamos... vamos sim - disse André, gaguejando. - Vamos com a gente, Carol? - perguntou, olhando para mim.

- Claro... Claro... Vamos sim, só não vou poder beber, em. - disse um pouco nervosa, mas dando uma risadinha de leve.

Me levantei, mas acabei sentindo uma dor na perna e me desequilibrei. Logo senti uma mão me segurando pela cintura. Era o André me segurando.

- Cuidado. Precisamos de você intacta para a próxima aventura, em. - disse, me segurando e dando uma risada.

Naquele momento, eu só queria que ele e eu estivéssemos ali. Só queria isso. Logo me reergui e agradeci.

...

Depois das últimas missões, vimos várias equipes diminuírem e se juntarem com outras. Pelo que ouvimos, alguns morreram, ou não poderiam mais participar da guerra devido à gravidade dos seus ferimentos. Isso só deixava todos mais assustados, pensando que poderíamos ser os próximos a qualquer momento.

...

Todos estavam se divertindo. Fiquei sentada com as meninas, comendo e conversando.

- Olha, vou te falar, sinto tanta falta de sair com os amigos e ir comer em um restaurante bem legal. Essa guerra acabou com a nossa vida social. - disse Emily, bem chateada.

- Oxe, o que você está fazendo aqui? Não é um restaurante chique, mas você está com seus amigos e comendo. - disse Elena, dando uma gargalhada.

Todas riram, e ficamos lá por um bom tempo conversando. Até que vi a hora e tinha que entrar para tomar meus remédios.

- Meninas, vou entrar para tomar os remédios, mas já volto. - disse, me levantando e saindo.

- Volta logo, hein. - disse Emily.

- Pode deixar - falei, dando um tchauzinho.

Andei devagar até nossa base, e não havia percebido que havia alguém atrás de mim. Olhei para trás assustada e logo vi o André.

- Olha, fiquei esperando um tempão você ficar sozinha. - disse, vindo em minha direção com um sorriso enorme no rosto.

- Poderia me chamar, aí eu viria antes. - disse, enquanto andava até minha cama para pegar meus remédios.

- Quer que eu pegue água para você? - disse André.

- Por favor, obrigado. - falei, dando um sorriso para ele.

Estava um pouco nervosa com a presença dele, pois depois do que houve mais cedo, não nos falamos mais.

Ele voltou com um copo de água cheio e me deu. Logo depois, sentou ao meu lado e esperou que eu tomasse todos os remédios.

- Posso terminar o que começamos mais cedo? - perguntou, olhando para a frente..

Na hora eu não sabia nem oque falar, fiquei congelada, nenhum dos dois se olhava.

- você quem sabe. - disse para ele, morrendo de vergonha por dentro.

Na mesma hora, senti uma das mãos dele tocar minha nuca, e vi ele vindo em minha direção, na hora virei e de instantâneo senti os lábios dele no meu, me puxando para perto dele começamos a nós beijar, senti a outra mão em minha cintura e só oque pensava era no fogo que estava subindo pelo meu corpo. Fui devagar para cima dele, e aos poucos ele foi se deitando, quando vi já estava por cima, senti suas mãos acariciando meu corpo inteiro, e a cada toque meu corpo se arrepiava e pedia por mais.

Mesmo com tudo oque estava acontecendo, conseguimos ouvir passos no corredor de alguém se aproximando e rapidamente nós dois levantamos e ele foi até a porta, de longe vi o Cléber passar pelo corredor enquanto ajudava o Anderson a chegar até o quarto deles, pelo visto ele havia exagerado na bebida, e o Cléber não parecia nada bem também, a única coisa que disse foi boa noite e foram embora pelo corredor.
André ainda estava parado na porta, e antes de ir, olhou para trás e me mandou um beijo.

...

Estava totalmente sem fôlego, deitei na minha cama tentando entender oque havia acontecido, e pensando que foi maravilhoso, só queria ter ficado com ele mais tempo, mas infelizmente não conseguimos.

...

- Bom dia pessoal, infelizmente tenho uma notícia um pouco ruim para hoje. - disse a comandante. - uma de nossas equipes desta base, foram pegos em uma missão, e precisamos o mais rápido possível liberta-los, antes que o pior aconteça, preciso que vocês se preparem para luta.

Todos começaram a perguntar diversas coisas e eu só pensava que ainda não tinha sido liberada para missão, e logo que pensei a comandante me disse:

- Carol mesmo que você ainda não foi liberada, vou precisar da sua ajuda lá, você está boa para ir ?

- com toda certeza. - disse animada.

- Ótimo, você ficará no seu posto de sempre, mas deva vez irei com você, para fazer uma leitura do perímetro também. Duas vão ser melhor para cobrir uma área maior. - disse ela me olhando - vamos sair daqui 3 horas, se preparem.

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