General

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KAUE

- General, vim aqui avisar que a mulher que encontramos na estrada já foi tratada e agora está na tenda. - disse um soldado parado na frente da minha sala.

- Obrigado, logo irei lá. - disse fazendo um gesto para que fosse embora.

Estava exausto e ainda tinha que resolver isso, acabei de perder mais de 60 homens em um combate, e os superiores estavam enchendo a paciência por isso.

Me levantei e fui andando devagar para a tenda, queria resolver logo aquilo e voltar pra minhas funções.

Ao chegar me deparei com uma mulher deitada, ela tinha alguns ferimentos no rosto mas parecia bem, não deixei de notar que ela tinha um rosto lindo, uma pele morena com cabelos negros descendo por seus ombros. Olhei para seu corpo e mesmo com aquela roupa de hospital consegui ver que ela tinha um belo corpo.

Aproximei, e tentei acorda-la, mas ela nem se mexia, então fui embora, mas não parava de pensar o quando aquela mulher era linda.

...

Todos os dias ia ver ela, mas ela nunca acordava, ficava pensando como ela havia parado ali naquela guerra, mas só criava teorias na minha cabeça e não via a hora de ela acordar e eu saber tudo sobre ela.

Depois de cinco dias fui visita-la novamente e me deparei com a mesma sentada na cama, ela tinha um semblante assustado, assim que entrei ela me olhou, e não pude deixar de notar que seus olhos eram lindos.

- Então você acordou, achamos que iria morrer depois de cinco dias apagada. - disse sorrindo pra ela. Mas logo percebi minha posição naquele momento e teria que ser o mais sério possível.

...

Depois de nossa conversa na tenda, vi que não seria nada fácil lidar com ela.

A levei para nossa sala de tortura e os poucos minutos que passei com ela, já estava extremamente irritado, aquela mulher era louca.

- Vamos começar de outra forma. - disse cruzando as mãos. - Meu nome é Kauê, como você se chama ? - disse olhando em seus olhos.

- Não é da sua conta, e se quiser me torturar vai em frente, eu aguento.

Me assustei com suas palavras, ela parecia mais feroz que qualquer outro que havia se sentado naquela cadeira. Eu realmente não queria fazer nada com ela, mais meu sangue fervia de raiva. Levantei da cadeira e fui para cima dela, coloquei minha mão no seu pescoço e apertei com força.

- Eu tô tentando ser legal, mas você é uma vadia ingrata. - falei olhando em seus olhos.

Ela me olhava com desprezo e apertei mais forte, ela começou a se debater na cadeira e a soltei quando vi que iria desmaiar.

Sentei novamente em sua frente e esperei ela se recompor.

- Eai agora vai me responder ? - perguntei impaciente.

CAROL

Senti um gosto metálico na boca, meu corpo estava amolecendo e vi meu olhos se fechando, nesse momento ele me soltou.

Olhei para ele e o vi com os braços cruzados e me olhando com raiva.

- Quero um pouco de água. - Falei tentando recuperar o fôlego.

- Você acha oque ? Que está de férias. Não vou dar nada pra você enquanto não abrir a boca.

Nesse momento meu corpo se arrepiou e sem perceber meus olhos se encheram de lágrimas, mas segurei.

- VOCE QUER SABER OQUE, MEU NOME, É CAROL, TA FELIZ SEU FILHO DA PUTA, SE FOR ME MATAR ME MATA LOGO, NAO QUERO MAIS FICAR OLHANDO PRA ESSA SUA CARA DE MERDA. - gritei sem nem perceber e ele ainda sim ficou parado sem fala nada.

Estava ofegante, senti uma lágrima rolar pelo meu rosto. Ele levantou- se e foi até uma pia que tinha no fundo da sala, pegou um copo e encheu, enquanto estava parado o vi bater um dos pés, ele devia estar furioso.

....

Kauê

Quando vi uma lágrima descer em seu rosto, me senti mal, levantei e fui pegar água, senti o peso do seu olhar em mim, e sinceramente não sabia porque estava agindo desta forma, normalmente eu era cruel com quem fosse.

Me virei e levei água até ela, soltei suas mãos e deixei ela beber, me levantei e virei para pegar algo em uma das bancadas, quando senti algo pular em minhas costas, quando menos esperei ela estava com os braços no meu pescoço.

Que porra ela tava tentando fazer, rapidamente peguei os braços dela e a derrubei chão, a segurei com força, e encostei meu corpo contra o dela, ela não parava, senti ela me prender com suas pernas e estava pronta para me dar um cabeçada, mas me afastei.

- PARA. - gritei

Nesse momento ela se assustou e parou, senti o corpo dela relaxar, as pernas se soltaram de mim, e ficaram apenas dobradas de cada lado, dei uma olhada rápida e vi seu corpo todo desenhado na roupa, ela parecia ter seios lindos, as coxas eram grossas e lindas.

Voltei a olhar para seu rosto e a vi chorar.

- Me mata logo por favor. - disse chorando. - eu não vou te falar nada, então poupe seu tempo e o meu.

Não estava conseguindo ver ela daquela forma, mais que porra tava acontecendo comigo, ela era inimiga e eu tava ali sentindo pena daquela vagabunda.

Me levantei furioso e peguei ela pelos cabelos, a arrastei até a cadeira e amarrei novamente.

Você tá me tirando do sério sua vagabunda.- disse saindo da sala.

Precisava beber algo...

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