A morte

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Kauê

- General, desculpa a demora, consegui as informações sobre esse nome. - falou Sthefany.

- Sério? - levantei rapidamente.

- Sim, parece que a mulher é brasileira, tem 26 anos e ela mora bem perto de onde estamos. - falou enquanto lia a ficha.

- Ótimo, chama um carro pra mim, - falei pegando a ficha.

- Claro General, já pode ir descendo que vou solicitar.

- Obrigado Sthefan - disse saindo rapidamente pela porta.

Desci as escadas correndo, quando cheguei no hall, fui até a porta da entrada e o carro já estava lá. Entrei e logo coloquei o endereço no celular, liguei o carro e comecei a dirigir. Estava quase chegando ao endereço, eu tremia, queria ve-la logo.

Estacionei o carro, e procurei pelo número, rapidamente, assim que achei parei na frente da casa, era linda, tinha um quintal grande na frente com um jardim cheio de flores, vi que o portão estava aberto, entrei e fui caminhando até a porta, assim de subi os dois degraus da entrada, vi que a porta estava um pouco aberta, nesse momento ouvi uma mulher gritar.

Peguei minha arma e fui abrindo a porta devagar, quando estava quase aberta, algo que estava atrás dela caiu no chão, nesse momento olhei para dentro e ela.

Ela estava estava sentada no chão chorando, seus cabelos caiam sobre os ombros e não deixei de reparar no tamanho da barriga dela, quase no mesmo instante ela me olhou, entrei rápido para ver se ela estava bem.

- KAUÊ - gritou ela.

Nesse momento senti algo entrar pela parte de traz do meu ombro, uma dor começou a crescer em meu corpo, olhei pra ela e ela estava tentando se arrastar em minha direção, ela parecia estar desesperada, pelo seu rosto notei que ela estava com dor, segurava a barriga constantemente.

Cheguei ao lado dela, e me virei rapidamente para traz, apontei minha arma e lá estava ele, aquele filho da puta já tinha chegado primeiro.

- Tá fazendo oque aqui? - perguntou andando devagar em nossa direção.

Ainda com a arma em sua direçao, tentei ajudar ela a se levantar.

- Tenta levantar e fica atrás de mim. - disse baixo.

- Eu não consigo. - ela fala chorando. - minha barriga tá doendo.

Ele me encarava com raiva, se eu por um segundo desviasse o olho dele, ele atiraria.

- EM PORRA! - gritou furioso. - deveria ter matado você naquele dia.

- E porque não matou filho da puta?

- Não tem mais importância isso, porque vou matar os dois agora. - disse sorrindo - na verdade os três.

Meu sangue ferveu nessa hora, eu tinha que fazer algo, a Carol não estava bem, se continuasse nos ali ela perderia o bebê.

Eu tinha que salvar ela, nem que pra isso eu tivesse que morrer.

Carol

Eu não parava de sangrar, a dor era insuportável, enquanto eles falavam um com outro, fui me arrastando devagar para traz, faltava pouco pra eu chegar na cozinha, e bem ao lado da porta eu sabia que havia uma arma.

Sentia meu rosto suar, meu corpo queimava de dor, eu tinha que ser forte, eu tinha que conseguir pegar a arma ou morreriamos ali mesmo.

- Vai se foder André, você é um doente. - falou Kauê.

- Quer saber chega dessa merda, vou matar vocês agora mesmo. - ele já estava furioso.

Eu já estava do lado da porta, com dificulda coloquei minha mão na mesinha que estava lá e senti a arma em meus dedos.

Peguei ela em minhas mãos, mas na hora que virei pra usa-la uma dor insuportável me atingiu e eu não consegui segurar um gemido de dor, nesse momento André virou o olhar pra mim e apontou a arma para atirar.

Kauê vendo que André desviou o olhar dele, atirou acertando seu peito, o mesmo se assustou e apertou o gatilho.

Tudo ficou em câmera lenta, vi a bala vindo em minha direção, fechei meus olhos e esperei pela morte. Pensei em tudo oque mais amava, pensei no meu filho, pensei no meu bebê, nos meus pais e no Kauê.

Eu estava pronta pra ir.

...

Kauê

Um barulho de dor invadiu o ambiente, a Carol não estava bem, queria olhar para ela, mas se fizesse isso, morreriamos.

Mas por sorte naquela hora ele olhou para ela e nesse momento eu atirei em seu peito, assim que a bala acertou ele, o desgraçado apertou o gatilho com um único alvo, a mulher que eu amava.

Não pensei duas vezes e entrei na frente daquela bala.

Ela entrou no meu peito atravessando dolorosamente meu pulmão e saiu pelas minhas costas. Ainda consegui dar mais um tiro para ceifar a vida dele.

Cai no chão e senti meu pulmao falhando, o ar passava com dificuldade, sentia o sangue subir pela minha garganta.

Aquela era a sensaçao de estar morrendo? Era dolorosa.

- Amor aguenta firme porfavor. - disse ela me olhando enquanto chorava.

Ela segura minha mão e coloca em sua barriga, o seu rosto estava triste, mas ainda sim era lindo.

- Amor fica comigo, nosso filho tá aqui, ele precisa de você. - ela chorava desolada.

Eu estava partindo naquela hora, sentia meu corpo falhando, olhei ela pela última vez e gravei cada detalhe em minha alma, seus olhos, seu rosto, seus lábios, os cabelos pretos, uma mulher perfeita.

- Eu te amo Carol - falei com o último suspiro que me restava.

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