Um sentimento talvez

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André

-foram achados alguns rastros de um carro perto de onde ela sumiu, constatamos que ela foi levada para a base que fica no sul, parece ser a maior deles, foram os primeiros a chegarem aqui. - falou um dos sargentos do quartel mexicano que estávamos.

-tudo bem, vamos nos organizar e atacar. - disse olhando para comandante.

-andre não é assim que funciona, você sabe bem, esse é um dos maiores aqui do México, tem centenas de homens vigiando e guardando o local, temos que pensar e planejar com calma oque vamos fazer. - disse a comandante me olhando fixamente.

-ela não tem tempo, amanhã mesmo eles podem mata-la. - disse furioso.

-nos sabemos disso e por isso que vamos tentar agir rápido, mas com calma e tendo uma estratégia. - disse me encarando.

Sai da reunião estressado, só queria ir lá e pegar ela, só isso, poderia matar todos para te-la em meus braços novamente. Não aguentava mais não saber oque estava acontecendo.

Eu iria enlouquecer, precisava fazer algo rapidamente, ou a perderia para sempre.

Kaue

Eu realmente não queria olha-la, fiquei focado na minha revista, sei que não havia nada interessante, mas mesmo assim ficava vendo só as imagens que tinha. Notei que ela foi andando até o chuveiro, ouvi o barulho dele sendo ligado, e de canto vi sua roupa caindo no chão.

Sabia que ela estava toda machucada e que sentiria um desconforto, mais mesmo assim me preocupei quando ela deu um gemido abafado de dor e como instinto a olhei. E foi a pior coisa que fiz naquele momento. Ela estava de costas e pude ver seu corpo nu, suas costas morenas escorriam água do chuveiro, não pude deixar de notar o hematoma que ela tinha nas costas que parecia ir até o outro lado, já haviam tratado mas mesmo assim ainda estava a marca. Como já havia visto ela tinha um corpo definido e suas curvas eram lindas.
Oque eu estava fazendo, me virei rapidamente para minha revista, não deu nem dois minutos quando de relance vi ela caindo de joelhos, na mesma hora, me levantei e fui em sua direção e antes que ela pudesse bater a cabeça, a segurei.

Ela parecia ter desacordado então fui levanta-la, quando de repente ela se deitou em meus ombros, na hora me assustei, mas logo a envolvi em meus braços.

-você precisa tentar levantar Carol. - falei olhando para seu rosto.

-aqui está bom. - disse se arrumando em meu braços.

Eu já estava encharcado, mas não queria largar ela, não sei, mas aquilo era bom. Sentir o calor do corpo dela e a respiração me deixavam calmo.

Sabia que não poderia ficar com ela ali muito tempo, então a peguei no colo, com dificuldade consegui pegar uma toalha e colocar por cima dela, a levei até a cama e a deitei. A cobri com uma manta fina que havia na cama e fui para o banheiro.

Fui tirando minha roupa e entrei de baixo do chuveiro, não parava de pensar no que havia acontecido, meu corpo parecia querer mais, queria sentir a pele dela de novo, acho que estava ficando louco.

Desliguei o chuveiro e me sequei, coloquei uma calça e sai, logo olhei para cama e a vi sentada.

- Você está bem?- Perguntei indo em sua direção.

- Eu tô com frio. - disse enrolada na manta fina.

- Vou pegar uma outra coberta para você.

Quando fui ir na direção do armário que havia, senti ela me puxar pelo braço, quando a olhei ela havia se levantado.

- Oque foi? - perguntei a olhando.

Ela não disse nada, so ficou segurando meu braço, sei que ela estava fraca e no mesmo tempo que ela se levantou, não aguentou muito e cai novamente na cama, eu sentei do lado dela, e a envolvi em meu braços, ela se encolheu toda. Fiquei ali uns minutos, e vi que ela havia dormido, então deitei na cama devagar com seu corpo grudado ao meu. Quando ela estava deitada, tentei sair para ir me deitar no sofá, mas no mesmo momento ela resmungou e me abraçou novamente. Senti seu corpo nu encostar novamente no meu, ela estava quente, eu não queria sair dali, então permaneci, até apagar.

Carol

Acordei e senti um corpo quente perto do meu, abri meu olhos e vi Kauê dormindo ao meu lado, eu estava com meu rosto em seu peitoral e ele me envolvia em um seus braços, sentia sua respiração calma, não sabia o porquê mais queria continuar ali, o corpo dele era quente. Comecei a sentir ele acariciar minhas costa, olhei para cima e ele me olhava, senti um arrepio percorrer meu corpo, ficamos ali nos olhando um tempo, seus dedos percorriam minhas costas com leveza.

- Você se sente melhor? - perguntou.

- Um pouco, desculpa por ontem. - disse ainda olhando em seus olhos.

Oque estava acontecendo comigo, porque eu tava ali, com aquele homem, daquele jeito. Eu queria me soltar e fugir, mas aquilo tava bom, que merda.

- Fica tranquila. - disse colocando uma mecha do meu cabelo para o lado.

Eu já sabia oque ia acontecer e eu não estava movendo um músculo contra, meu deus, aquele homem, senti sua respiração mais perto e sabia que nossos lábios iriam se encontrar. Estava cada vez mais perto.

Até que alguém bateu na porta, rapidamente ele me largou, como se eu não fosse nada. Ele se levantou e foi até a porta.

- Quem é? - perguntou colocando uma camisa.

- General precisamos de você na sala de reuniões, parece que algumas tropas inimigas estavam perto de nossa base.

- Já estou indo. - disse fechando a porta.

Ele se trocou rapidamente, quando estava pronto, foi até a cama em que eu estava e ficou me olhando alguns segundos.

- Tem uma roupa pra você naquele armário, se veste, e fica bem quietinha aqui, logo estarei de volta. - disse em um tom grosso.

Porque ele estava falando daquele jeito, me senti mal e uma raiva percorreu meu corpo.
Não tive nem tempo de falar algo e ele já estava saindo pela porta, me senti uma idiota.

Eu não sei oque estava se passando na minha cabeça, primeiro eu deitada na cama do inimigo como se fossemos próximos, depois confio nele e ele me trata mal, aonde eu tava com a cabeça, é melhor eu arrumar logo um jeito de sair daqui ou vou enlouquecer.

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