O outro lado

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ANDRÉ

Desde a chegada ao hospital não havia visto a Carol, estava preocupado pois vi ela apagando depois do conflito. Perguntava a todos sobre ela, mas ninguém me falava nada.

Tive alta dois dias depois e fui procura-la, mas sem êxito, achei aquilo tudo estranho, por um segundo passou pela minha cabeça " será que ela morreu", mas logo afastei isso da minha mente antes que aquilo me consumisse.

Resolvi ir até a sala da comandante, bati na porta e ela me pediu para entrar, não deixei de notar o semblante de preocupação, ela parecia cansada.

- Como está se sentindo André ? - perguntou me olhando.

- Estou bem comandante, na verdade vim aqui perguntar da Carol, parece que ninguém aqui sabe me dizer oque aconteceu, tá todo mundo fugindo de mim. - disse me encostando na cadeira e abaixando a cabeça.

Ela me olhou um pouco assustada, ela já sabia que tínhamos algo, mas sempre fomos bem profissionais. Ela se abaixou para pegar algo, quando levantou, estava com um cigarro na mão, acendeu e deu uma tragada, e ficou me olhando.

- Nós a perdemos André, no dia do conflito, colocamos ela em uma ambulância para ser transferida para ao hospital, ela foi a última a deixar o local, parece que sofreram uma emboscada. - ela deu uma pausa para dar outro trago - achamos a ambulância no mesmo dia, mas sem sinal dela, apenas o motorista e o enfermeiro, mas ambos mortos.

Naquele momento meu corpo gelou, será que ela havia sido sequestrada, será que ela estaria viva ainda, comecei a suar frio.

-Não temos como saber onde ela está? - disse um pouco nervoso, mas me contive.

-Esse é o problema, ela sumiu, procuramos desde o primeiro dia e nada, esperamos contato e nada, ela desapareceu. Mas eu não vou desistir de encontra-la. - disse passando a mão na testa.

...

Já haviam se passado alguns dias que ela estava desaparecida e eu já estava louco. Ninguém tinha notícias, ninguém sabia para onde ela poderia ter ido, estávamos em outro país e não conhecíamos quase nada de lá e agora a porra da mulher que eu estava gostando estava em algum lugar.

A única coisa que queria é que ela estivesse viva e bem.

- André você precisa se acalmar cara, da pra ver na sua cara que está desesperado pelo desaparecimento dela. - disse Anderson.

- Eu sei cara mais e foda, eu gosto dela pra caramba, esses dias de guerra foram uma merda e ela foi a única coisa que me desligou disso tudo e agora eu a perdi. - falo com sinceridade.

- E foda cara, mas vamos achar ela você vai ver, e outra aquela mulher não e nada fácil, ela deve tá colocando terror aonde está. - disse tentando me animar.

- Espero que sim irmão, não quero pensar o pior.

- E não pense mesmo. Agora eu vou nessa, vou ajudar o pessoal. - disse saindo pela porta.

Não sabia oque fazer, aquela mulher fez meus dias aqui ficarem melhores, eu amava sentir seu corpo no meu e seus beijos.. aaah seus beijos me deixavam louco. Só queria saber aonde ela estava, eu iria lá correndo e mataria quantos fossem preciso para tê-la em meus braços novamente.

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