O resgate - parte 2

3 1 2
                                    



Kauê

Eu não queria deixa-la, se eu pudesse fugiria com ela agora mesmo, mas as coisas não eram dessa forma, desde o momento que me apaixonei por ela sabia que iria perde-la. A guerra é assim, ela tira tudo oque você tem, na guerra não a felicidade, não a espaço para o amor, e mesmo que ocorra isso, a chance de ser destruído é grande.

A cada passo que eu dava para longe daquele quarto era uma facada que eu levava em meu coração. Mas teria de ser forte até que tudo isso acabasse.

Cheguei a sala de reuniões e todos estavam agitados.

- até que em fim general. - disse um dos homens que me esperava.

- Oque aconteceu? - perguntei me sentando.

-Hoje nosso informante avisou que a base inimiga vai tentar um ataque está noite para tentar resgatar a mulher que está aqui. - disse enquanto mostrava no mapa a base inimiga.

- Ok, junte os homens e vamos atacar primeiro, preciso que também fiquei de vigia na base, eles podem querer aproveitar e invadir. - disse me levantando. - vamos deixá-la presa até o final do conflito.

- Deveríamos mata-la agora mesmo e mandar seu corpo como recado sargento. - disse um dos homens furioso - já sabemos que ela estava no conflito de Guanajuato.

- Aquela vadia estava com a equipe que matou meu irmão, quero me vingar com minhas próprias mãos.

- Ninguém vai tocar um dedo nela, precisamos dela viva, se caso eles chegarem aqui, teremos ela como refém para negociação. - disse furioso.

-Ele tem razão pessoal, não adiante querermos mata-la agora e no final eles chegarem aqui e nao termos nada contra eles. - falou um dos homens que ainda estava sentado.

- Vamos seguir o plano e tentar sobreviver a essa merda. - disse saindo da sala.

Fui andando pelo prédio até chegar no lado de fora, avistei os soldados se preparando para saírem. Sabia que as coisas logo sairiam de controle, caminhei até os outros soldados.

- Preciso de uma equipe que fique no prédio, caso eles tentem invadir estaremos preparado. - disse para um dos sargentos.- vamos lutar e sair vitoriosos.

Todos estavam preparados, a equipe que ia até a base inimiga já havia saído, fui andando até saguão para aguardar o contato  deles.

...

Depois de um tempo decidi subir para ver como a Carol estava, fui andando pelo corredor quando ouvi tiros no saguão do prédio, nesse momento sabia que haviam chegado.
Fui apressado até aonde ela estava e entrei no quarto, vi que ela havia se assustado.

- Calma , sou eu. - disse indo em sua direção. - vamos descer, vou te entregar para eles agora.

Vi em seu rosto que ela estava chorando, a abracei mais uma vez e sabia que aquela seria a última vez que ficaríamos juntos. Olhei para seu rosto e ela parecia triste, enconsto minha testa na dela.

- Não fica triste, o importante é que você vai ficar bem.

- E você? - ela perguntou com uma voz de choro.

- Eu não sei, mas se eu sobreviver, pode ter certeza que vou tentar encontrar você quando tudo isso acabar. - disse dando um último beijo em seus lábios.

Os barulhos de tiros estavam mais alto, então tive que solta-la, precisávamos ir.

- Temos que ir agora. - peguei em sua mão e fui guiando ela pelo corredor.

André

Já estávamos dentro do prédio, a maioria dos soldados inimigos haviam sido abatidos e agora eu só precisava procurar por ela.

Entrei em um dos corredores e fui olhando sala por sala para tentar encontra-la.

No caminho encontrei um soldado, atirei nele, quando fui passar ao seu lado ele ainda estava vivo, parei e me agachei perto dele.

- Aonde ela está. - perguntei segurando-o pelo colete.

- Ela deve estar morta agora. - disse rindo.

Fiquei furioso, meu sangue fervia, me levantei e dei fim a vida daquele desgraçado.

Continuei andando e no final do corredor meus olhos a viram.

Ela estava parada na frente de uma das salas, ela parecia preocupada, fui andando em sua direção e então vi um homem saindo e a pegando em sua mão.

- SOLTA ELA SEU DESGRAÇADO. - Gritei apontando minha arma na direção dele.

Na mesma hora ela me viu. Senti meu coração pular, ela estava viva.

- LARGA ELA AGORA. - Gritei novamente indo em direção a eles.

Ele disse algo para ela e soltou sua mão, enquanto ela vinha em minha direção, vi ele pegando uma arma.

- CAROL CUIDADO. - Gritei.

Na hora agi o mais rápido possível e atirei no desgraçado.

A Grande Guerra Onde histórias criam vida. Descubra agora