𝑐𝑎𝑝𝑖𝑡𝑢𝑙𝑜 𝒒𝒖𝒂𝒕𝒐𝒓𝒛𝒆

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Abri meus olhos devagar, tentando me acostumar com a claridade da luz, e percebi que eu estava no quarto do hospital

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Abri meus olhos devagar, tentando me acostumar com a claridade da luz, e percebi que eu estava no quarto do hospital. Olhei para cama de Billy, e vi um par de olhos castanhos bem abertos me olhando.

Eu sorri e me levantei do sofá, indo até a cama.

— se eu não tivesse tão sonolento, já teria pulado dessa cama e ido até você. - me olhou com semblante preguiçoso -

— deve ser o efeito dos sedativos - passei minha mão sobre seu cabelo -

— como você tá? - me olhou preocupado -

— tô bem agora. - sorri fraco - não se preocupa.

— me desculpa ter falado daquele jeito com você - me olhou triste -

— Tá tudo bem. Você precisa comer alguma coisa.

— você já comeu?

— comi antes de vir e trouxe lanche na minha bolsa - falei para ele não ficar preocupado - vou pegar comida pra vc, ok? - ele assentiu -

Sai da sala e procurei por uma enfermeira que me disse que o jantar seria em 15 minutos. Então voltei para o quarto e fiquei conversando com Billy, enquanto a comida dele chegava, porém não contei da gravidez, quero contar quando estivermos em casa.

Depois que a comida chegou, eu fui dando a ele na boca, e até zoei, o chamando de bebezinho, o fazendo ficar todo emburradinho.

— vai ser uma merda ficar de repouso com uma gostosa dormindo do meu lado - falou com cara de tédio e eu corei com sua fala -

— Billy! - repreendi ele -

— que foi? Só tem nós dois aqui.

— eu sei, mas fica quieto. - ficamos um tempo em silêncio - Billy...

— sim?

— bom, pelo que sei, seus pais adotivos eram ricos. Você não tinha dinheiro pra pagar a dívida?

— sim e não. - o olhei sem entender - eu não tinha acesso a conta do velho, onde tá a maior parte do nosso dinheiro. E quando mataram ele, o acesso não foi liberado para mim mexer lá, assim, da noite pro dia. Eu tinha que aguardar uma decisão do juíz, e além do mais, eu também era suspeito de ter matado ele. O que dificultou ainda mais as coisas. - me explicou. -

—entendi...

— eu fiquei desesperado quando levaram você. - disse e eu sorri fraco - você não me deu nem um beijo ainda - fez um biquinho emburrado e eu ri -

— achei que não ia pedir nunca - me aproximei de seus lábios -

•••

25 de julho de 1996

Billy teria alta apenas amanhã, e eu aproveitei que estava no hospital, para fazer alguns exames e repetir a ultrassom, pra saber se estava tudo bem com o bebê, já que eu me alimentei mal nesses últimos dois dias, e sentindo dores na barriga, que eu não sabia se era normal.

Os resultados não alteraram em nada, e meu bebê está bem.

— que bom que meu afilhadinho tá bem. -Tatum disse feliz -

Nós estávamos fora do quarto de Billy, enquanto ele e Stu conversavam no quarto. Hoje Billy faria seus últimos exames, antes de ir para casa.

— olha quem vem ali. - apontou pro final do corredor -

Quando me virei para olhar, vi Sidney caminhando até nós, e assim que ela chegou perto, me deu um abraço.

— eu soube do sequestro, que bom que está bem - disse assim que se afastou -

— é, estou sim - forcei um sorriso - será que podemos dar uma palavrinha, fora daqui?

— claro.

— vou ali na lanchonete comer algo, até mais - disse me dando um beijo na buchecha e em fazendo a mesma coisa com Sidney -

— vamos? - ela perguntou e eu assenti -

Fomos para a parte de fora do hospital, e nos sentamos em um banco.

— o que houve? - perguntou confusa -

— Billy me contou o que você disse pra ele na festa do Randy - vi que ela ficou tensa, porém disfarçou -

— o que eu falei?

— que queria transar com ele, namorar com ele, sei lá - a encarei um pouco irritada - será que você não tem um pingo de respeito por mim?

— Emma...eu... - olhou pro chão - eu bebi demais e... Falei besteira, me desculpa.

— bebi demais?  isso não é desculpa. - a encarei séria - ele é meu marido, meu marido, Sidney.

— eu sei... Eu não sei o que me deu... - eu a interrompi -

— eu e ele estamos formando uma família agora, e eu não vou deixar que ninguém estrague isso, ninguém.

— formando uma família? - me encarou confusa - você... - desceu o olhar pra minha barriga -

— eu tô grávida.

— aahh - resmungou baixo - meus parabéns Emma, tenho certeza que você será uma ótima mãe. - ela não estava nada contente com isso -

— obrigada Sidney.

— eu só vim ver se você tava bem - se levantou do banco e eu me levantei também - eu já vou indo, se cuida.

— você também. - falei um pouco fria e ela saiu -

•••

— A Sidney teve aqui. - disse e ele me olhou confuso -

— o que ela queria?

— disse que veio ver se eu tava bem - respondi -

— você falou com ela, sobre aquilo?

— sim.

— marcou seu território minha querida? - perguntou rindo e eu sorri -

— com certeza.

Nos olhamos por alguns segundos, que mais pareciam horas.

— Emma? - me chamou -

— hum? - questionei -

— eu... - ele ia dizer algo, porém a porta foi aberta pela enfermeira -

— licença, eu trouxe o almoço.

— obrigada, pode deixar ai. - falei e ela assentiu e saiu do quarto - vem Billy, vou dar sua comida

Ele assentiu e eu o ajudei a comer. Ele nem terminou de me falar o que queria, mas eu também não perguntei nada.

𝐆𝐇𝐎𝐒𝐓𝐅𝐀𝐂𝐄 - 𝐵𝑖𝑙𝑙𝑦 𝐿𝑜𝑜𝑚𝑖𝑠Onde histórias criam vida. Descubra agora