olhos de corça | parte 2

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onde Elain vai em um show com as amigas e acaba conhecendo os integrantes de uma banda famosa.

AUonde Elain vai em um show com as amigas e acaba conhecendo os integrantes de uma banda famosa

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     Passamos mais de uma hora conversando sentados no sofá. Estávamos inclinados um para o outro, quando, de repente, as gêmeas se aproximam de mim.

— Com licença — eu peço para Lucien, que está com um braço apoiado no sofá.

Ele sorri para mim, assentindo. Depois daquele martine, Lucien só bebeu água, segundo ele, gostava de dirigir após os shows.

Descobrimos muitas coisas sobre o outro. Temos os pensamentos semelhantes sobre política e forma de ver o mundo. Aquilo foi impressionante, porque eu esperava saber coisas básicas sobre ele, e recebi um banquete.

Lucien me contou que teve uma infância difícil com o pai que não era gentil com ele, nem com a mãe e nem com o irmão mais velho, Eris. Ele cursou Relações Internacionais para agradar o pai, e quando se formou entregou o diploma nas mãos dele e disse que agora ia seguir seu sonho.

Elain ficou impressionada do quanto ele não se importava de falar aquelas coisas. E ela se sentia confortável e aberta para falar um pouco sobre sua história; como ter crescido com duas irmãs e com pais que perderam tudo quando a empresa da família faliu.

Contei sobre ter conseguido estudar na melhor universidade porque ganhei bolsa de melhor aluna. Contei que meu ex namorado me traiu com uma colega de turma e que eu ainda tinha sequelas dessa relação, e ele, surpreendentemente, contou que a sua namorada morreu e que ele não tem mais pesadelos por causa disso.

De alguma forma, através da música ele conseguiu superar a perda do seu primeiro amor. Aquilo me tocou, a forma dele falar era tão espontânea, sincera, divertida e interessante.

Eu e as gêmeas fomos até o banheiro para conversar. Aproveito para me aliviar e lavar meu rosto. Encontro meu olhar no espelho; meus olhos estão brilhantes e um sorriso repuxa meus lábios.

— Nossa! Vocês vão se comer naquele sofá — Nuala me dá um tapa no meu braço. — Cadê nossa santinha Elain?

Seco as mãos, erguendo uma sobrancelha.

— Estávamos apenas conversando — explico, tentando evitar sorrir.

— Corta essa, El! Vocês estavam inclinados um para o outro e por pouco você não estava montada naquele ruivo — Dwen revira os olhos cruzando os braços.

Ela tropeça porque não consegue ficar parada de tão mamada que está.

— Vou ter que levar a "cana de cachaça" para casa — resmunga Nuala, se aproximando da irmã. — Vamos chamar um táxi.

One-shots | elucienOnde histórias criam vida. Descubra agora