eleven.

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O ar parecia fugir a cada passada, os pulmões queimando em cansaço, mas não podiam parar, não agora. Bakugou carregava seu corpo desacordado nas costas, te segurando firme como se tentasse te dizer que mais nada iria te machucar. Seus olhos estavam arregalados enquanto corria o mais rápido que conseguia até o hospital, torcendo para que você continuasse viva.

Assim que chegaram na porta do hospital, alguns médicos e enfermeiros vieram ao encontro do lado para lhe socorrer, podendo observar o adolescente completamente aterrorizado e banhado em sangue. O loiro observou você ser levada com pressa ao pronto socorro para ser atendida com urgência.

Ele não sabia o que fazer. Precisava constatar Aizawa? Ele mal sabia quem era sua família, como ligaria para algum responsável?

— Garoto, o que você é daquela menina? — uma enfermeira perguntou, acariciando o rosto pálido e manchado de vermelho.

— Sou... colega de turma dela. Puta que pariu, ela tá bem?! Ela vai ficar bem?!

— Precisamos entrar em contato com um responsável o quanto antes, conhece os pais dela?

— Não, puta que pariu! — passou as mãos nos fios louros de forma desesperada, Katsuki sentia que iria morrer com essa sensação de sufocamento em seu peito — Estudamos na U.A, entra em contato com a escola, eles sabem quem são os pais dela!

Enquanto todo aquele alvoroço acontecia, o garoto olhou para seu moletom cinza, que agora estava manchado em um vermelho escuro, suas mãos banhadas de sangue, assim como seu pescoço e rosto. Era uma cena pavorosa.

O estômago de Katsuki revirava, ele sentia que poderia vomitar a qualquer momento. Se algo acontecesse com você ele se culparia até à morte por não ter sido rápido o suficiente. Essa possibilidade martelava a cabeça do garoto.

— Porra garota.

[Algumas horas depois.]

Katsuki se encontrava sentado no banco de espera em frente ao seu quarto, assustado e desacreditado. Aizawa falava com os policiais ao fim do corredor, o garoto já havia prestado seu depoimento, alegando ter que encontrando em um beco quase inconsciente. A memória não sairia tão cedo da mente do loiro.

Ele tinha tantas perguntas, sua mente estava uma confusão, trabalhando a milhão para conseguir processar toda aquela situação. Estava exausto, de pensar e pela corrida desesperadora que teve que fazer até o hospital. A sensação do seu sangue escorrendo pela pele do adolescente parecia ainda permanecer ali, ele ainda sentia a sensação tenebrosa de ter sua vida em suas costas, literalmente.

— Bakugou.

Levantou a cabeça olhando para seu tutor, a cabeleira preta e longa estava presa e o mais velho parecia exausto - mais que o normal.

— Ela está bem, você pode ir pra casa. — Aizawa retirou o próprio sobretudo e colocou em volta do garoto, mesmo que fosse um ato mínimo, Bakugou não pode deixar de se sentir mais calmo e acolhido.

— Eu... não consigo. Não consigo ir pra casa.

O mais velho o observou por um tempo, suspirou e enfiou às mãos nos bolsos tranquilamente.

— Vem, vou te levar em casa.

O loiro não questionou, concordou de forma cansada e se levantou seguindo o mais velho até a saída. Caminharam silenciosamente até o carro de Aizawa, que abriu a porta para o mais novo entrar.

O moreno se sentou no banco do motorista, se esticando para o banco traseiro para pegar uma sacola onde tinha um suco de vitamina e alguns salgados, entregando-os para Katsuki logo em seguida.

𝐂𝐇𝐀𝐎𝐓𝐈𝐂 𝐋𝐎𝐕𝐄 - Bakugou Katsuki [REESCREVENDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora